Indicadores educacionais para formação de docentes: uso de dados longitudinais

Autores

  • Rachel Pereira Rabelo Escola Nacional de Ciências Estisticas (Ence / IBGE) Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
  • Suzana Marta Cavenaghi Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE / IBGE)

DOI:

https://doi.org/10.18222/eae.v0ix.4084

Palavras-chave:

Formação de Professores, Educação Básica, Ensino Superior, Indicadores Educacionais.

Resumo

Este artigo propõe uma metodologia de uso dos dados longitudinais dos censos da educação básica e da superior para o cálculo de indicadores que permitem traçar um panorama sobre a formação de docentes no ensino básico no Brasil. Para isso, realizou um estudo da trajetória escolar dos alunos dos cursos de licenciatura e da trajetória profissional dos docentes das disciplinas de Física, Química, Biologia e Matemática, utilizando análises prospectivas das bases de dados, vista a potencialidade do acompanhamento longitudinal dos alunos e docentes. Os resultados encontrados para os indicadores propostos apontam para uma dificuldade de aumento da oferta de docentes nas disciplinas estudadas, em função das baixas taxas de conclusão nos cursos de licenciatura analisados, acompanhadas ainda do aumento do tempo de conclusão nesses cursos entre os anos de 2009 e 2013 e, por outro lado, da baixa permanência de docentes na regência das disciplinas estudadas em postos da educação básica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rachel Pereira Rabelo, Escola Nacional de Ciências Estisticas (Ence / IBGE) Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)

Mestre em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ence/IBGE), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. Pesquisadora tecnologista em Informações e Avaliações Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), Brasília, Distrito Federal, Brasil

Suzana Marta Cavenaghi, Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE / IBGE)

Professora e pesquisadora da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ence/IBGE), Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Referências

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – CNE. Escassez de professores no ensino médio: propostas estruturais e emergenciais. Brasília, DF: CNE/MEC, maio 2007. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/ arquivos/pdf/escassez1.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2016

BRASIL. Escola Nacional de Administração Pública – Enap. Ações premiadas no 15o Concurso Inovação na Gestão Pública Federal. Enap, 2010. Disponível em: <http://www.enap.gov.br/documents/586010/603804/livro_15.pdf/a57f7a20- c6de-493b-ae33-b4c85b23ae11>. Acesso em: 30 jun. 2016.

BRASIL. Lei 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação-PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 2014. Seção 1. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm>. Acesso em: 15 nov. 2015.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Manual de classificação: áreas de formação e treinamento. Brasília, DF: Inep, 2001.

Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/ superior/2009/Tabela_OCDE_2009.pdf>. Acesso em: 4 mar. 2014.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Estudo exploratório sobre o professor brasileiro. Brasília, DF: Inep, 2009. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/censo/2009/ Estudo_Professor_1.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2014.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo da educação superior 2009: resumo técnico. Brasília, DF: Inep, 2010. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/resumo_tecnico/resumo_ tecnico_censo_educacao_ superior_2009.pdf>. Acesso em: 9 out. 2012.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo da educação superior 2010: resumo técnico. Brasília, DF: Inep, 2012. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/censo_superior/resumo_tecnico/resumo_ 113 tecnico_censo_educacao_ superior_2010.pdf>. Acesso em: 9 out. 2012.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo escolar 2013: perfil da docência no ensino médio regular. Brasília, DF: Inep, 2015.

p.: il.

BRASIL. Ministério da Educação. Portaria MEC n. 316, de 4 de abril de 2007.

FLETCHER, P. As dimensões transversal e longitudinal do modelo Profluxo. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1997.

FLETCHER, P.; RIBEIRO, S. Modeling education system performance with demographic data: an introduction to the Profluxo model. In: BARRETO, E.; ZIBAS, D. (Org.). Brazilian issues on education, gender and race. São Paulo: Fundação Carlos Chagas, 1996.

GOLGHER, A. B. Modelo Profluxo e indicadores derivados. In: RIOS-NETO, E. (Org.). Introdução à Demografia da Educação. Campinas, SP: Abep, 2004.

KLEIN, R. Algumas dimensões da avaliação da educação superior. In: OLIVEIRA, F. B. de (Org.). Desafios da educação: contribuições estratégicas para o ensino superior. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2009.

NASCIMENTO, P. A. M. M.; SILVA, C. A.; SILVA, P. H. D. da. Subsídios e proposições preliminares para um debate sobre o magistério da educação básica no Brasil. Radar: tecnologia, produção e comércio exterior, Brasília, DF, n. 32, p. 37-51, 2014.

ORGANIZACIÓN DE LAS NACIONES UNIDAS PARA LA EDUCACIÓN, LA CIENCIA E LA CULTURAA – UNESCO. Clasificación Internacional Normalizada de la Educación: CINE 1997. Reedição. Unesco, 2006. Disponível em: <http://www.uis. unesco.org/Library/Documents/isced97-es.pdf>. Acesso em: 3 jan. 2015.

PEREIRA, R. H. M.; NASCIMENTO, P. A. M. M.; ARAÚJO, T. C. Projeções de mão de obra qualificada no Brasil: cenários para a disponibilidade de engenheiros até 2020. Revista Brasileira de Estudos Populacionais, Rio de Janeiro, v. 30, n. 2, p. 519-548, jul./dez. 2013.

PINTO, J. M. de R. Falta interesse por carreira de professor, indica estudo. Revista Digital, 3 set. 2014.

Disponível em: <http://www.revistadigital.com. br/2014/09/falta-interesse-por-carreira-de-professor-indica-estudo/>. Acesso em: 30 jun. 2016.

RABELO, R. P. Projeção da oferta de professores de matemática, física, química e biologia para educação básica no Brasil até 2028. 2015. Dissertação (Mestrado) – Escola Nacional de Estatística, Rio de Janeiro, 2015.

RIGOTTI, J. I. R.; HADAD, R. M. Graduation tables: a proposal for a demographic analysis of educational indicators in Brazil. Belo Horizonte: UFMG, Cedeplar, 2001.

RIOS-NETO, E. L. G. O método probabilidade de progressão por série. In: RIOS-NETO, E. L. G.; RIANI, J. de L. R. (Org.). Introdução à demografia da educação. Campinas, SP: Abep, 2004. p. 143-145.

RUIZ, A. I. Formação continuada e em áreas específicas: a proposta do Sistema Nacional Público. Revista Retratos da Escola, Brasília, DF, v. 2, n. 2-3, p. 149-160, jan./dez. 2008.

SAMPAIO, C. E. M. et al. Estatísticas dos professores no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, DF, v. 83, n. 203/204/205, p. 85-120, jan./dez. 2002.

SCHWARTZMAN, S. A educação de nível superior no Censo 2010. Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, 2012. Disponível em: . Acesso em: 2 out. 2012.

Downloads

Publicado

22-12-2016

Como Citar

Rabelo, R. P., & Cavenaghi, S. M. (2016). Indicadores educacionais para formação de docentes: uso de dados longitudinais. Estudos Em Avaliação Educacional, 27(66), 816–850. https://doi.org/10.18222/eae.v0ix.4084

Edição

Seção

Artigos