Sobre como medir diferenças de resultados no ensino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18222/eae.v36.10663

Palavras-chave:

Indicadores Educacionais, Desigualdades Educacionais, Avaliação da Educação

Resumo

O artigo mostra que é inapropriado usar a divergência de Kullback-Leibler para comparar distribuições de notas de avaliações de aprendizagem, como é feito em vários trabalhos publicados. Argumenta-se, nesta pesquisa, que, havendo interesse em avaliar a desigualdade de distribuições de notas ou de escolaridades, é razoável utilizar uma medida usual de desigualdade como o índice de Gini. O artigo mostra também que é inapropriado usar a divergência de Kullback-Leibler como medida de desigualdade de notas entre categorias de estudantes. Para ilustrar o uso de diversas medidas e procedimentos estatísticos, é feita uma análise da distribuição da escolaridade das pessoas ocupadas no Brasil e nas unidades da Federação, usando os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2022.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rodolfo Hoffmann, Universidade de São Paulo (USP), Piracicaba-SP, Brasil

Possui graduação em Agronomia (1965), mestrado em Ciências Sociais Rurais (1967), doutorado em Economia Agrária (1969) e títulos de livre-docente (1971) e professor titular (1981), sempre pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP). Foi professor associado do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) de 1996 a 2012. Exerce atividades de docência e pesquisa voluntárias na Esalq-USP. Seu principal tema de pesquisa é a análise da distribuição da renda no Brasil, atuando nos seguintes temas: desigualdade, pobreza, agricultura e econometria.

Referências

Cover, T. M., & Thomas, J. A. (2006). Elements of information theory (2nd ed.). John Wiley & Sons.

Ernica, M., Rodrigues, E. C., & Soares, J. F. (2023). Desigualdades educacionais no Brasil contemporâneo: Definição, medida e resultados. SciELO Preprints. https://doi.org/10.1590/dados.2025.68.2.346

Hoffmann, R. (2018). Estatística para economistas (4ª ed. rev. e ampl.). Cengage Learning.

Hoffmann, R., Botassio, D. C., & Jesus, J. G. (2019). Distribuição de renda: Medidas de desigualdade, pobreza, concentração, segregação e polarização (2ª ed.). Edusp.

Hoffmann, R., & Jesus, J. G. de. (2020). Desigualdade na agricultura brasileira: Renda e posse da terra. In Z. Navarro (Org.), A economia agropecuária do Brasil: A grande transformação (pp. 123-175). Baraúna.

Hoffmann, R., & Oliveira, R. B. de. (2014). The evolution of income distribution in Brazil in the agricultural and the non-agricultural sectors. World Journal of Agricultural Research, 2(5), 192-204. https://doi.org/10.12691/wjar-2-5-1

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2023). Microdados da Pnad Contínua de 2022, 5ª entrevista (dentro do item “Trabalho_e_Rendimento”). https://www.ibge.gov.br/estatisticas/downloads-estatisticas.html

Soares, J. F., & Delgado, V. M. S. (2016). Medida das desigualdades de aprendizado entre estudantes de ensino fundamental. Estudos em Avaliação Educacional, 27(66), 754- 780. https://doi.org/10.18222/eae.v27i66.4101

Soares, J. F., & Marotta, L. (2009). Desigualdade no sistema de ensino fundamental brasileiro. In F. Veloso, S. Pessoa, R. Henriques, & F. Giambiagi (Orgs.), Educação básica no Brasil: Construindo o país do futuro (pp. 73-91). Campus-Elsevier.

Soares, J. F., Rodrigues, E. C., & Delgado, V. M. S. (2018). Measure of gap and inequalities in basic education students proficiencies. arXiv. https://doi.org/10.48550/arXiv.1805.09859

Downloads

Publicado

13-02-2025

Como Citar

Hoffmann, R. (2025). Sobre como medir diferenças de resultados no ensino. Estudos Em Avaliação Educacional, 36, e10663. https://doi.org/10.18222/eae.v36.10663

Edição

Seção

Artigos