Ensino médio obrigatório: que impactos?

Autores/as

  • Candido Alberto Gomes

DOI:

https://doi.org/10.18222/eae214620102015

Palabras clave:

Ensino Médio, Trabalho, Formação Profissional, Fracasso Escolar

Resumen

A introdução da obrigatoriedade do ensino médio suscita questões sobre os benefícios e os ônus do prolongamento da escolaridade e da sua distribuição social. Embora os dados estatísticos agregados do Brasil não possam dar respostas às amplas questões de hoje, a exploração das PNADs fornece indícios a investigar. O nível médio de escolaridade da população tem crescido ao mesmo tempo em que aumentam as exigências do trabalho, mas alguns dados sugerem a ocorrência da inflação educacional. Por outro lado, as escolas tendem significativamente a perder alunos para o trabalho e para a concomitância deste com o estudo, a partir dos 14-15 anos. Em face do atraso escolar, os jovens, apesar da sua persistência, enfrentam a competição crescente com o trabalho, a falta de atratividade do ensino médio, o elevado nível de fracasso na primeira série e a escassa participação da educação profissional. Esse quadro sugere cautela, em razão da implantação da obrigatoriedade, em particular quanto aos jovens socialmente menos favorecidos. Assim, à necessidade de mudanças do ensino médio em si alia-se o fato de nele desembocarem as questões de qualidade e fracasso escolar acumuladas pelo ensino fundamental.

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Biografía del autor/a

Candido Alberto Gomes

Publicado

2010-08-30

Cómo citar

Gomes, C. A. (2010). Ensino médio obrigatório: que impactos?. Estudos Em Avaliação Educacional, 21(46), 319–340. https://doi.org/10.18222/eae214620102015

Número

Sección

Avaliação de Impacto