Avaliação emancipatória do ensino médio politécnico: experiências etnográficas na Educação Física
DOI:
https://doi.org/10.18222/eae.v0ix.4950Palavras-chave:
Avaliação da Aprendizagem, Ensino Médio, Educação Física, Regulação.Resumo
Propõe-se, neste artigo, analisar experiências de avaliação da Educação Física escolar com a “avaliação emancipatória”, denominação utilizada durante a vigência da reforma curricular ocorrida na rede pública estadual de ensino do Rio Grande do Sul em 2012, e que vigorou até 2016. Trata-se de uma abordagem qualitativa e etnográfica, com utilização de entrevistas, observação participante e análise documental. A pesquisa empírica envolveu o acompanhamento de duas turmas de ensino médio politécnico, de duas diferentes escolas, nas aulas de Educação Física e nos conselhos de classe de um trimestre letivo de 2016. Por meio da triangulação, os dados foram analisados a partir das categorias regulação e emancipação. Distintas tensões e contradições ocorreram nas práticas avaliativas, e também ficou evidente a presença de elementos que as influenciaram no sentido da manutenção da regulação, e não da participação e da emancipação.
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