Insucesso de alunos e alunas no exame de Biologia e Geologia: estudo com professores
DOI:
https://doi.org/10.18222/eae.v32.6848Palavras-chave:
Avaliação do Rendimento Escolar, Avaliação Externa, Exame, GêneroResumo
O insucesso no exame de Biologia e Geologia em Portugal é muito elevado e tem grande repercussão no prosseguimento de estudos. Esta investigação qualitativa pretendeu averiguar: 1) perceções de professores e professoras sobre as causas de insucesso no exame em função do sexo; 2) opiniões sobre as características da prova; 3) medidas promotoras de sucesso. Recolheram-se dados através de entrevista semidirigida a 15 professores que atribuem o insucesso ao facto de existir exame, às suas características e a dificuldades dos alunos. Sugerem como medidas promotoras de sucesso: redução do programa da disciplina e adequação do grau de dificuldade da prova aos alunos. Os docentes do sexo masculino mostram-se mais preocupados com o insucesso dos rapazes.
Downloads
Referências
CAVACO, C.; ALVES, N.; GUIMARÃES, P.; FELICIANO, P. Abandono e insucesso escolar: construir
uma perspetiva de género. Lisboa: Instituto de Educação, 2015.
ESTEBAN, M. T. A avaliação no cotidiano escolar. In: ESTEBAN, M. T. (org.). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. p. 7-27.
EURYDICE. Exames nacionais de alunos na Europa: objetivos, organização e utilização de resultados. Lisboa: Gabinete de Estatísticae Planeamento da Educação, Ministério da Educação, 2009.
EURYDICE. Diferenças de género nos resultados escolares: estudo sobre as medidas tomadas e a situação actual na Europa. Lisboa: Gabinete de Estatísticae Planeamento da Educação, Ministério da Educação, 2010.
FERNANDES, D. A avaliação das aprendizagens no Sistema Educativo Português. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 33, n. 3, p. 581-600, set./dez. 2007.
FERNANDES, D. Avaliações externas e melhoria das aprendizagens dos alunos: questões críticas de uma relação (im)possível. In: SEMINÁRIO AVALIAÇÃO EXTERNA E QUALIDADE DAS
APRENDIZAGENS, 1., 2014, Lisboa. Conferência [...]. Lisboa: CNE, 2014.
GARCIA, R. L. A avaliação e suas implicações no fracasso/sucesso. In: Esteban, M. T. (org.). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. p. 29-47.
LOPES, T. F. F. Perceções de professores, alunos e encarregados de educação sobre o (in)sucesso na disciplina de Biologia e Geologia. 2013. 260 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação) – Instituto de Educação, Universidade do Minho, Braga, 2013.
LOPES, T.; PRECIOSO, J. Evolução do insucesso escolar nos exames nacionais do ensino secundário, por sexo, em Portugal. Revista Iberoamericana de Evaluación Educativa, Madrid, v. 11, n. 2, p. 53-69, maio 2018.
MADUREIRA, M. A influência dos exames nacionais de Física e Química A e respetivos resultados nas práticas de ensino e de avaliação dos professores. 2011. 129 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação) – Universidade do Minho, Braga, 2011.
MARQUES, M.; SOUSA, J.; COSTA, N.; PACHECO, J. A. Efeitos da avaliação externa das aprendizagens no desenvolvimento profissional de professores de Matemática do ensino básico em Portugal. Revista Meta: Avaliação, Rio de Janeiro, v. 7, n. 19, p. 58-84, jan./abr. 2015.
MÉNDEZ, J. Evaluar para conocer, examinar para excluir. Madrid: Ediciones Morata, 2001.
MONS, N. Theoretical and real effects of standardised assessment. [S.l]: Eurydice Network, 2009.
NAVAS, M.; ALCARAZ, N.; SOLA, M. Evaluación y pruebas estandarizadas: una reflexión sobre el sentido, utilidad y efectos de estas pruebas en el campo educativo. Revista Iberoamericana de Evaluación Educativa, Madrid, v. 10, n. 1, p. 51-67, maio 2017.
OCDE. The ABC of Gender Equality in Education: Aptitude, Behaviour, Confidence. Paris: OECD Publishing, 2015.
PORTUGAL. Ministério da Educação. Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência. Disciplinas escolhidas e concluídas pelos alunos diplomados nos cursos científico-humanísticos, 2016/17. Lisboa: DGEEC, 2018.
PORTUGAL. Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência. Perfil do Aluno 2017/2018. Lisboa: DGEEC, 2019.
RAPOSO, P.; FREIRE, A. Avaliação das aprendizagens: perspectivas de professores de Física e Química. Revista da Educação, v. 16, n. 1, p. 97-127, 2008.
ROSÁRIO, M. A. do. Influência do exame nacional do 9º ano de escolaridade nas práticas de ensino e de avaliação em Matemática. 2007. 141 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação) – Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, Braga, 2007.
SALGADO, R. M. F. da S. O (in)sucesso em Física e Química A: um estudo com alunos e professores de uma Escola Secundária de Guimarães. 2012. 170 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação) – Instituto da Educação, Universidade do Minho, Braga, 2012.
SANTIAGO, P.; DONALDSON, G.; LOONEY, A.; NUSCHE, D. OECD Reviews of evaluation and assessment in education: Portugal 2012. Paris: OECD Publishing, 2012.
SOUSA, L. D. de. O exame nacional de Física e Química A e o seu impacte na prática pedagógica dos professores: um estudo centrado nas atividades laboratoriais. 2011. 170 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Educação) – Instituto de Educação, Universidade do Minho, Braga, 2011.
VERGARA, C. Los efectos adversos de una evaluación nacional sobre las prácticas de enseñanza de las matemáticas: el caso de SIMCE en Chile. Revista Iberoamericana de Evaluación Educativa, Madrid, v. 10, n. 1, p. 69-87, maio 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Estudos em Avaliação Educacional
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons BY-NC do tipo "Atribuição Não Comercial" que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).