Governança educacional global e a gênese dos testes das habilidades socioemocionais
DOI:
https://doi.org/10.18222/eae.v28i67.4006Palavras-chave:
Políticas Educacionais, Avaliação da Educação, Habilidades Socioemocionais, Governança Educacional Global.Resumo
O discurso de que as economias estão cada vez mais inter-relacionadas tem justificado o papel de destaque que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem desempenhado em relação à educação e, especialmente no que tange à investigação que originou este texto, o enaltecimento que a Organização tem dado às habilidades socioemocionais. Propomo-nos a investigar em que medida seria possível identificar na atuação da OCDE mecanismos que comprovem a existência de um projeto de governança educacional global. A aplicação do instrumental analítico proposto por Charaudeau (2014) aos documentos que compuseram nosso corpus permitiu-nos afirmar que a OCDE tem posto em prática um verdadeiro projeto de governança educacional global, constituindo os três mecanismos de governança apontados por Jakobi e Martens (2010): a produção de ideias, a avaliação de políticas e a geração de dados; assim como os modos de governança cognitivo e normativo, concebidos por Woodward (2009).
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