Delineamentos experimentais na avaliação de políticas públicas: Usos e abusos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18222/eae.v34.9956

Palavras-chave:

Avaliação, Políticas Públicas, Experimentos, Quase-Experimentos

Resumo

O objetivo deste ensaio é discutir as potencialidades e, sobretudo, os limites do emprego de métodos experimentais e quase-experimentais na avaliação de programas públicos. Inicia-se com uma breve apresentação do desenho experimental clássico, seus requisitos e conceitos relacionados, como validades interna, externa e contrafatual. Em seguida, são abordadas as modalidades de desenhos quase-experimentais de avaliação, modelos que flexibilizam os requisitos do experimento clássico. Em duas seções de natureza crítica, apontam-se as limitações éticas, políticas e operacionais dos desenhos experimentais e quase-experimentais na avaliação de programas e, depois, as motivações político-institucionais da resiliência dessa abordagem diante de conhecidos e recorrentes problemas de robustez.

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Biografia do Autor

Paulo de Martino Jannuzzi, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rio de Janeiro-RJ, Brasil

Pesquisador visitante no Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (NEPP), da Universidade Estadual de Campinas. Professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) do IBGE. Colaborador da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). Foi Secretário de Avaliação e Gestão de Informação (SAGI) do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2011-2016).  

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Publicado

18-08-2023

Como Citar

Jannuzzi, P. de M. (2023). Delineamentos experimentais na avaliação de políticas públicas: Usos e abusos. Estudos Em Avaliação Educacional, 34, e09956. https://doi.org/10.18222/eae.v34.9956

Edição

Seção

Artigos