Cobranças, estratégias e “jeitinhos”: avaliações em larga escala no Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.18222/eae255920142853Palavras-chave:
Avaliação dos Sistemas de Ensino, Cotidiano Escolar, Práticas de Gestão, Rio de JaneiroResumo
O objetivo deste artigo é descrever e analisar visões de gestores da rede municipal do Rio de Janeiro sobre as avaliações em larga escala e seus reflexos no cotidiano escolar. Os dados foram mapeados em quatro grupos focais, dois com diretores e dois com profissionais da gestão central e intermediária da Secretaria Municipal de Educação. Demonstraremos que, apesar das avaliações externas ainda se apresentarem como eventos extraordinários ao cotidiano escolar, há uma tendência à utilização dos dados delas resultantes como norteadores das práticas de gestão, mesmo com o desconhecimento técnico das avaliações. Foi possível perceber um “efeito dominó”. Trata-se de um conjunto de cobranças sucessivas aos agentes de acordo com sua posição na hierarquia da gestão, que induz estratégias para melhorar o desempenho institucional, assim como “jeitinhos” e estratagemas orientados pela expectativa de aumentar os índices das escolas.
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