O conceito rege o método: Uma resposta a Hoffmann
DOI:
https://doi.org/10.18222/eae.v36.12270Palavras-chave:
Direito à Educação, Avaliação Educacional, Justiça em Educação, Desigualdades EducacionaisResumo
Nesta nota, procuramos responder à crítica de Rodolfo Hoffmann à metodologia que empregamos para medir desigualdades de proficiência de estudantes de diferentes grupos sociais em testes educacionais. Argumentamos que o crítico não leva em conta a conceituação proposta de justiça distributiva em educação nem o objetivo do trabalho, que é analisar a qualidade e as desigualdades de aprendizagem entre grupos sociais definidos por nível socioeconômico, raça e sexo. Assim, reapresentamos nosso objeto de pesquisa e alegamos que ele demanda uma referência externa para a análise da distribuição das proficiências dos estudantes. Defendemos que a metodologia apropriada reside nas medidas de divergência entre duas distribuições estatísticas e justificamos nossa opção pela divergência de Kullback-Leibler.
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