Raciocínio abdutivo: uma contribuição para a criação do conhecimento na educação
Palavras-chave:
epistemologia, pesquisa, conhecimento, metodologiaResumo
Baseado em uma discussão de caráter epistemológico, este artigo pretende mostrar a contribuição da abdução como um procedimento científico no âmbito educacional. Com essa intenção, pergunta-se como os enfoques e processos de pesquisa científica são estruturados a partir dos três tipos de inferência lógica: dedução, indução e abdução, que fundamentam a construção de conhecimento e o papel da ciência e do pesquisador. A abdução é descrita com suas especificidades no seio do sistema filosófico de Peirce, para depois ilustrar sua implementação através de uma pesquisa sobre o trabalho docente. Finalmente, destaca-se como a abdução poderia contribuir para construir um projeto científico mais amplo, na interseção entre a pesquisa fundamental e praxeológica.
Downloads
Referências
ADURIZ-BRAVO, Agustín. ¿Qué naturaleza de las ciencias hemos de saber los profesores de ciencias? Una cuestión actual de la investigación en didáctica. Tecné, Episteme y Didaxis, Bogotá, Número Extra, p. 23-33, 2005. (2º Congreso sobre Formación de Profesores de Ciencias).
ALISEDA, Atocha. La abducción como cambio epistémico: C. S. Peirce y las teorías epistémicas en inteligencia artificial. Analogía, v. 12, n. 1, p. 125-144, 1998.
ANADON, Marta; GUILLEMETTE, François. La recherche qualitative est-elle nécessairement inductive? Recherches Qualitatives, n. 5, p. 26-37, 2007.
ARISTOTE. Les premiers analitiques (Organon) III. Paris: Vrin, 2001.
ARISTÓTELES. Tratados de lógica (Organón) II. Madrid: Gredos, 1995.
BRYANT, Anthony. Re-grounding grounded theory. Journal of Information Technology Theory and Application, v. 4, n. 1, p. 25-42, 2002.
CLOT, Yves; LEPLAT, Jacques. La méthode clinique en ergonomie et en psychologie du travail. Le Travail Humain, n. 68, p. 289-316, 2005.
DAVID, Albert. Logique, épistémologie et méthodologie en sciences de gestion. In Conférence Internationale de l’AIMS, Chatenay, May 1999.
DELEDALLE, Gérald. Lire Peirce aujourd’hui. Bruxelles: De Boeck, 1990.
DILTHEY, Wilhelm. Critique de la raison historique: introduction aux sciences de l’esprit et autres textes (Oeuvres 1). Paris: Editions du Cerf, 1992.
ECO, Umberto. Cuernos, cascos, zapatos: algunas hipótesis sobre tres tipos de abducción. En: ECO, Umberto; SEBEOK, Thomas A. (dir.). El signo de los tres: Dupin, Holmes, Peirce. Barcelona: Lumen, 1989.
ECO, Umberto. Semiótica y filosofía del lenguaje. Barcelona: Lumen, 1990.
FAVERGE, Jean-Marie. La démarche clinique en psychologie industrielle. Bulletin de Psychologie, n. 270, p. 904-907, 1968.
GAUTHIER, Benoît. Recherche sociale. Québec: Presses Universitaires de Québec, 1986.
GÉNOVA, Gonzalo. Charles S. Peirce: la lógica del descubrimiento. Navarra: Universidad de Navarra, 1996. (Cuadernos de Anuario Filosofico, 45).
GLASER, Barney; STRAUSS, Anselm. The discovery of grounded theory. Chicago: Adline, 1967.
GUILLEMETTE, François. L’approche de la Grounded Theory, pour innover? Recherches Qualitatives, v. 1, n. 26, p. 32-50, 2006.
KANT, Emmanuel. Critique de la raison pure. Paris: PUF, 2001.
KOLAKOWSKI, Leszek. La filosofía positiva. Madrid: Cátedra, 1966.
MARCEL, Jean-François; NUNEZ MOSCOSO, Javier. La figura del investigador-ciudadano: hacia un (re)encuentro con el ethos de la investigación en educación. Revista Estudios Cooperativos, v. 17, n. 1-2, p. 101-121, 2012.
MORIN, Edgar. La méthode. Paris: Seuil, 2008. V. 1 e 2.
NUNEZ MOSCOSO, Javier. Fronteras del saber científico: reflexión epistemológica sobre las investigaciones fundamentales y praxeológicas en las ciencias de la educación en torno al trabajo docente. Redes de conocimiento: Génesis de enlaces y modalidades interdisciplinarias de cooperación social y científica, v. 1, n. 4, p. 13-26, 2012.
PEIRCE, Charles Sanders. Collected papers of Charles Sanders Peirce. Cambridge: Harvard University Press, 1965.
PEIRCE, Charles Sanders. Pragmatisme et pragmaticisme. Paris: Editions du Cerf, 2002.
PEIRCE, Charles Sanders. Ecrits logiques. Paris: Editions du Cerf, 2006. V. 3.
POPPER, Karl. La logique de la découverte scientifique. Paris: Payot, 2007.
QUINE, Willard. Méthodes de logique. Paris: Armand Colin, 1973.
RAYMOND, Emilie. La Teorización Anclada (Grounded Theory) como Método de Investigación en Ciencias Sociales: en la encrucijada de dos paradigmas. Cinta de Moebio, n. 23, p. 1-11, 2005.
REILLY, Francis E. Charles Peirce’s Theory of Scientific Method. New York: Fordham University Press, 1970.
RODRÍGUEZ, Rodolfo. Abducción en el contexto del descubrimiento científico. Revista de Filosofía de la Universidad de Costa Rica, v. 43, n. 109/110, p. 87-97, mayo/dic. 2005.
SOTO, Cristian. Peirce. Abducción sive lógica sive ontología: acerca del pragmatismo-realismo de nuestras creencias. Grupo de Estudios Peirceanos de la Universidad de Navarra, nobiembre, 2005.
TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. Le travail enseignant au quotidien: expérience, interactions humaines et dilemmes professionnels. Bruxelles: De Boeck, 1999.
WEICK, Karl. Theory construction as disciplined imagination. The Academy of Management Review, v. 14, n. 4, p. 516-531, 1989.
WEISSER, Marc. Expliquer/comprendre: quel paradigme épistémologique pour les sciences de l’éducation plurielles. 8e Biennale de l'éducation et de la formation, avril, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Cadernos de Pesquisa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).