Por uma virada artístico-estética dos processos formativos para a docência

Autores

  • Luciana Gruppelli Loponte Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre (RS), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980531411345

Palavras-chave:

Arte, Educação, Estética, Formação Docente

Resumo

Este artigo defende uma virada de pensamento no modo como lidamos com a problematização da arte no campo da educação e da formação, além de uma ênfase formalista e disciplinar, destacando as potencialidades éticas, estéticas e políticas da arte para o enfrentamento das emergências educacionais de nossa época, especialmente no que tange à formação docente. Para tal, o texto incursiona na discussão sobre a virada educacional no campo das artes, propondo uma virada artístico-estética dos processos formativos para a docência em qualquer área de conhecimento. Como conclusão, são mobilizados alguns exemplos de produções artísticas contemporâneas, apostando que tais produções podem ser tomadas como fonte disparadora da criação de novos modos de pensarmos a docência e seus desafios.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luciana Gruppelli Loponte, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre (RS), Brasil

Licenciada em Educação Artística, com habilitação em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutora em Educação pela UFRGS. É professora titular da Faculdade de Educação da UFRGS, atuando na graduação e na pós-graduação na área de arte, educação e formação docente. É líder do "ArteVersa: Grupo de estudo e pesquisa em arte e docência": www.ufrgs.br/arteversa

Referências

Allen, F. (Org.). (2011). Education (Documents of contemporary art). Whitechapel Gallery.

Aquino, J. G., Corazza, S. M., & Adó, M. D. L. (2018). Por alguma poética na docência: A didática como criação. Educação em Revista, (34), Artigo e169875. https://doi.org/10.1590/0102-4698169875

Bishop, C. (2012). Artificial hells: Participatory art and the politics of spectatorship. Verso.

Camnitzer, L. (2018). O ensino de arte como fraude. In R. Cervetto, & M. A. López (Orgs.), Agite antes de usar: Deslocamentos educativos, sociais e artísticos na América Latina (pp. 125-137). Edições Sesc.

Camnitzer, L. (2023). Nem arte, nem educação. In L. G. Loponte, & C. P. Mossi (Orgs.), Arteversa: Arte, docência e outras invenções (pp. 30-37). Pimenta Cultural. https://doi.org/10.31560/pimentacultural/2023.96283

Canclini, N. G. (2012). A sociedade sem relato: Antropologia e estética da iminência (M. P. G. Ribeiro, Trad.). Edusp.

Caro, M. de (Org.). (2009). Micropolis experimentais: Traduções da arte para a educação. Fundação Bienal do Mercosul.

Castro-Gómez, S., & Grosfoguel, R. (Eds.). (2007). El giro decolonial: Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos; Pontificia Universidad Javeriana, Instituto de Estudios Sociales y Culturales, Pensar.

Cervetto, R., & López, M. (2018). O horizonte transformador da educação. In R. Cervetto, & M. López (Orgs.), Agite antes de usar: Deslocamentos educativos, sociais e artísticos na América Latina (pp. 11-19). Edições Sesc.

Eisner, E. W. (2003). Artistry in education. Scandinavian Journal of Educational Research, 47(3), 373-384. http://dx.doi.org/10.1080/00313830308603

Eisner, E. W. (2008). O que pode a educação aprender das artes sobre a prática de educação? Currículo sem Fronteiras, 8(2), 5-17. http://www.curriculosemfronteiras.org/vol8iss2articles/eisner.pdf

Fernández, T., & Dias, B. (2016). Aguas turbulentas: El encuentro entre el giro educativo en el arte y el giro de la visualidad en la educación. Artnodes: Revista de Arte, Ciencias y Tecnología, (17), 6-14. https://doi.org/10.7238/a.v0i17.2958

Fontes, F. F. (2020). O que é a virada linguística? Trivium: Estudos Interdisciplinares, 12(2), 3-17. http://dx.doi.org/10.18379/2176-4891.2020v2p.3

Foucault, M. (1998). História da sexualidade 2: O uso dos prazeres. Graal.

Foucault, M. (2010). Prefácio (Anti-Édipo). In M. Foucault, Repensar a política (Coleção Ditos & Escritos, vol. VI, pp. 103-106). Forense Universitária.

Gonçalves, M. H. (2014). A virada educacional nas práticas artísticas e curatoriais contemporâneas e o contexto de arte brasileiro [Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. Lume – Repositório Digital da UFRGS. https://lume.ufrgs.br/handle/10183/115180

Helguera, P., & Hoff, M. (Orgs.). (2011). Pedagogia no campo expandido. Fundação Bienal do Mercosul.

Hermann, N. (2014). Ética e educação: Outra sensibilidade. Autêntica.

Hoff, M. (2011). Curadoria pedagógica, metodologias artísticas, formação e permanência: A virada educativa da Bienal do Mercosul. In P. Helguera, & M. Hoff (Orgs.), Pedagogia no campo expandido (pp. 113-123). Fundação Bienal do Mercosul.

Hygino, A. (2023). Cadeiraço. Galeria Superfície, São Paulo, SP, Brasil.

Jimenez, M. (2010). La querella del arte contemporáneo. Amorrortu.

Lafont, A. (2022). Uma africana no Louvre. Bazar do Tempo.

Lafont, A. (2023). A arte dos mundos negros: História, teoria e crítica. Bazar do Tempo.

Laval, C. (2004). A escola não é uma empresa. Planta.

Lima, I. G. de, & Hypolito, Á. M. (2019). A expansão do neoconservadorismo na educação brasileira. Educação e Pesquisa, 45, Artigo e190901. http://dx.doi.org/10.1590/S1678-463420194519091

Mörsch, C. (2011). Educación crítica en museos y exposiciones en el contexto del “giro educativo” en el discurso comisarial: Ambigüedades, contradicciones y alianzas (N. Landkammer, Trad.). Proyecto giro educativo. https://proyectosgiroeducativo.wordpress.com/wp-content/uploads/2011/11/educacic3b3n-crc3adtica-en-museos-y-exposiciones-carmen-morsch.pdf

Mörsch, C. (2015). Contradecirse una misma: La educación en museus y mediación educativa como práctica crítica. In A. Cevallos, & A. Macaroff (Eds.), Contradecirse una misma: Museos y mediación educativa crítica. Experiencias y reflexiones desde educadoras de la documenta 12 (pp. 10-21). Fundación Museos de la Ciudad.

O’Neill, P., & Wilson, M. (Eds.). (2010). Curating e educational turn. Open.

Paes, A. A. S. (2024). Didática bruta: Por uma arte socialmente implicada [Dissertação de mestrado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro]. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ. https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/22650

Paiva, A. S. (2022). A virada decolonial na arte brasileira. Mireveja.

Palma, J. C., Filho. (2019). A política educacional brasileira e o ensino das artes na educação básica. In S. Mattar, & R. L. B. Bredariolli (Orgs.), O ensino da arte no contexto brasileiro atual: Formação, políticas públicas educacionais e atuação (pp. 64-74). ECA-USP. http://dx.doi.org/10.11606/9788572052450

Pereira, M. V. (2010). Educação e arte: A consolidação de um campo interminável. Revista Digital do LAV, 3(4), 119-138. https://doi.org/10.5902/198373482205

Pereira, M. V. (2021). Educação e arte: Dez anos de trajetória do GT 24. Revista Brasileira de Educação, 26, Artigo e260043. https://doi.org/10.1590/s1413-24782021260043

Pérez-Barreiro, G., & Camnitzer, L. (Eds.). (2009). Educação para a arte, arte para a educação. Fundação Bienal do Mercosul.

Rancière, J. (2012). O espectador emancipado. Martins Fontes.

Rogoff, I. (2023). Virando. In L. G. Loponte, & C. P. Mossi (Orgs.), Arteversa: Arte, docência e outras invenções (pp. 39-57). Pimenta Cultural. https://doi.org/10.31560/pimentacultural/2023.96283

Rolnik, S. (2018). Esferas da insurreição: Notas para uma vida não cafetinada. n-1 edições.

Sánchez de Serdio Martín, A. (2010). Arte y educación: Diálogos y antagonismos. Revista Ibero-Americana de Educação, (52), 43-60. https://doi.org/10.35362/rie520575

Sánchez de Serdio Martín, A. (2016). Arte y educación: La necesidad de un encuentro incómodo entre esferas que se interrogan. Artnodes: Revista de Arte, Ciencias y Tecnología, (17), 2-5. https://doi.org/10.7238/a.v0i17.3012

Sant’Ana, T. (2023). Texto de apresentação. In A. Hygino, Cadeiraço. Galeria Superfície, São Paulo, SP, Brasil.

Soria Ibarra, F. (2016). Tensiones, paradojas, debates terminológicos y algunas posibilidades transformadoras en el marco del giro educativo en los proyectos artísticos y el comisariado. Artnodes: Revista de Arte, Ciencia y Tecnología, (17), 24-33. https://doi.org/10.7238/a.v0i17.2974

Soria Ibarra, F. (2018). El giro educativo en las artes y el comisariado: Riesgos y oportunidades a la hora de generar procesos de transformación institucional. Pulso: Revista de Educación, (41), 21-33. https://doi.org/10.58265/pulso.5111

Vergès, F. (2023). Decolonizar o museu: Programa de desordem absoluta. Ubu.

Welsch, W. (1995). Estetização e estetização profunda ou: A respeito da atualidade do estético nos dias de hoje (A. Valls, Trad.). Porto Arte, 6(9), 7-22. https://doi.org/10.22456/2179-8001.27534

Downloads

Publicado

02-06-2025

Como Citar

Loponte, L. G. (2025). Por uma virada artístico-estética dos processos formativos para a docência. Cadernos De Pesquisa, 55, e11345. https://doi.org/10.1590/1980531411345

Edição

Seção

Artigos