Autonomia e docência no cotidiano escolar sobralense: Efeitos da accountability
DOI:
https://doi.org/10.18222/eae.v35.10373Palavras-chave:
Autonomia Docente, Accountability, Avaliação Externa, Política EducacionalResumo
Esta pesquisa objetiva analisar a vivência da autonomia por duas professoras que lecionam no 5º ano do ensino fundamental de uma escola pública de Sobral, Ceará. Para isso, foi feita uma revisão de literatura a partir de autores que discutem sobre autonomia docente e gestão escolar: Afonso, Ball, Contreras, Freitas, entre outros. Também foi realizada uma pesquisa de campo em uma escola da rede municipal. Os resultados desta investigação indicam o estabelecimento e a manutenção de relações hierárquicas e autoritárias entre as instituições e os sujeitos que compõem o sistema escolar, bem como uma cultura do profissionalismo, gerencialismo e performatividade na instituição educacional.
Downloads
Referências
Afonso, A. J. (2012). Para uma conceptualização alternativa de accountability em educação. Educação & Sociedade, 33(119), 471-484. https://doi.org/10.1590/S0101-73302012000200008
Aguiar, D. C. V. (2019). Docência e autonomia no cotidiano escolar [Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação]. Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará. https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/46079
Aguiar, D. C. V., & Barguil, P. M. (2021). Escola e docência: A autonomia é admissível. Revista de Educação, Ciência e Cultura, 26(2), 1-19. http://dx.doi.org/10.18316/recc.v26i2.8072
Aguiar, D. C. V., & Barguil, P. M. (2022). O aprendiz e a (im)possibilidade da autonomia. Filosofia e Educação, 13(2), 2516–2546. https://doi.org/10.20396/rfe.v13i2.8666268
Araújo, I. A. (2016). Avaliação em larga escala e qualidade: Dos enquadres regulatórios aos caminhos alternativos. Linhas Críticas, 22(48), 462-479. https://doi.org/10.26512/lc.v22i48.4920
Ball, S. J. (2002). Reformar escolas/reformar professores e os terrores da performatividade. Revista Portuguesa de Educação, 15(2), 3-23. http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=37415201
Ball, S. J. (2005). Profissionalismo, gerencialismo e performatividade (C. R. Duarte, M. L. M. Gomes, V. L. M. Visockis, Trad.). Cadernos de Pesquisa, 35(126), 539-564. https://doi.org/10.1590/S0100-15742005000300002
Bardin, L. (1979). Análise de conteúdo. Edições 70.
Contreras, J. (2012). Autonomia de professores (S. T. Valenzuela, Trad.; 2a ed.). Cortez.
Costa, A. G., & Vidal, E. M. (2020). Accountability e regulação da educação básica municipal no estado do Ceará – Brasil. Revista Iberoamericana de Educación, 83(1), 121-141. https://doi.org/10.35362/rie8313852
Dewey, J. (1978). Vida e educação (10a ed.). Melhoramentos.
Diehl, L., & Marin, A. H. (2016). Adoecimento mental em professores brasileiros: Revisão sistemática da literatura. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 7(2), 64-85. http://dx.doi.org/10.5433/2236-6407.2016v7n2p64
Ferreira, L. A., & Pereira, M. S. (2019). Efeitos das avaliações em larga escala na organização do currículo escolar. Nuances: Estudos sobre Educação, 30(1), 327-344. https://doi.org/10.32930/nuances.v30i1.6784
Freitas, L. C. (2018). A reforma empresarial da educação: Nova direita, velhas ideias. Expressão Popular.
Galvão, I. (2018). Henri Wallon: Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil (23a ed.). Vozes.
Gatti, B. A. (2012). Políticas de avaliação em larga escala e a questão da inovação educacional. Série-Estudos, (33), 29-37. https://www.serie-estudos.ucdb.br/serie-estudos/article/view/59
Geraldi, J. W. (2016). Notas sobre a autonomia relativa do professor e seu cerceamento constante. Revista do NESEF Filosofia e Ensino, 5(1), 116-138. https://revistas.ufpr.br/nesef/article/download/56517/34008
Goldenberg, M. (2004). A arte de pesquisar: Como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. Record.
Koslinski, M. C., Ribeiro, E., & Oliveira, L. X. de. (2017). Indicadores educacionais e responsabilização escolar: Um estudo do “Prêmio Escola Nota Dez”. Estudos em Avaliação Educacional, 28(69), 804-846. https://doi.org/10.18222/eae.v28i69.4087
Larrosa, J. (2018). Esperando não se sabe o quê: Sobre o ofício de professor (C. Antunes, Trad.). Autêntica.
Minayo, M. C. S. (2008). O desafio do conhecimento: Pesquisa qualitativa em saúde (11a ed.). Hucitec.
Mussi, R. F. F., Mussi, L. M. P. T., Assunção, E. T. C., & Nunes, C. P. (2019). Pesquisa quantitativa e/ou qualitativa: Distanciamentos, aproximações e possibilidades. Revista Sustinere, 7(2), 414-430. https://doi.org/10.12957/sustinere.2019.41193
Oliveira, M. A. A., & Santos, A. L. F. dos (2021). Accountability educacional: Sentidos discursivos em análise. Estudos em Avaliação Educacional, 32, Artigo e07946. https://doi.org/10.18222/eae.v32.7946
Silva, A. L., Filho, & Lopes, F. M. N. (2018). O paradoxo da educação brasileira: Uma relação antagônica entre o princípio de realidade e o princípio de desempenho. Revista Diálogo Educacional, 18(59), 1022-1040. https://doi.org/10.7213/1981-416X.18.059.DS02
Silva, A. F. da, Silva, L. L. da, & Freire, A. M. dos S. (2022). Políticas de accountability na educação estadual do Ceará, Pernambuco e Paraíba. Estudos em Avaliação Educacional, 33, Artigo e09562. https://doi.org/10.18222/eae.v33.9562
Sousa, J., & Pacheco, J. A. (2019). Avaliação externa das escolas: Lógicas políticas de avaliação institucional. Estudos em Avaliação Educacional, 30(74), 536-556. https://doi.org/10.18222/eae.v30i74.5860
Souza, J. (2004). A gramática social da desigualdade brasileira. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 19(54), 79-97. https://doi.org/10.1590/S0102-69092004000100005
Werle, F. O. C. (2011). Políticas de avaliação em larga escala na educação básica: Do controle de resultados à intervenção nos processos de operacionalização do ensino. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 19(73), 769-792. https://www.scielo.br/j/ensaio/a/KnxbVPCbHDBHKzHXwh66vkz/?lang=pt&format=pdf
Werle, F. O. C., Koetz, C. M., & Martins, T. F. K. (2015). Escola pública e a utilização de indicadores educacionais. Educação, 38(1), 99-112. https://doi.org/10.15448/1981-2582.2015.1.11686
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Estudos em Avaliação Educacional
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons BY-NC do tipo "Atribuição Não Comercial" que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).