Homeschooling, ensino de controvérsias e o novo conservadorismo brasileiro

Autores

Palavras-chave:

Homeschooling, Educação Democrática, Educação Conservadora

Resumo

O ensino de temas controversos é parte importante da educação democrática, e a escola é um espaço privilegiado para a discussão dessas questões, pois permite o encontro com a diferença. Em 2019, o governo federal instituiu como principal pauta para a educação a regulamentação do homeschooling. O artigo tem por objetivo discutir a viabilidade do ensino de controvérsias no homeschooling. Para isso realizam-se uma investigação bibliográfica sobre o ensino de temas controversos e o homeschooling, e uma análise de documentos legais e de associações pró-homeschooling. Os resultados indicam que o ensino de controvérsias é dever da educação brasileira e incompatível com o homeschooling. Concluímos que o homeschooling constitui uma ameaça para a educação democrática e para a democracia em si.

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Biografia do Autor

Helce Amanda Moreira, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Mestranda em Educação na linha Diferenças Culturais, Espaços de Formação e Processos Educativos do Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); Integrante do Grupo de Estudos em Diversidade, Educação e Controvérsias (Diversias). Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2018) e Pós-graduação em Gestão Escolar pela Faculdade de Educação São Luís. Atualmente atua como docente na rede municipal de Vassouras - RJ. Pesquisa sobre o avanço do neoconservadorismo e do neoliberalismo na educação brasileira. Tem experiência na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I.

Fernanda Moura, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Possui mestrado em Ensino de História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2016), especialização em Gênero e Sexualidade pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2014) e graduação em História também pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2008). Atualmente é doutoranda em Educação pela PUC-Rio e integra o Grupo de Estudos em Diversidade, Educação e Controvérsias (Diversias). Tem experiência na área de História com ênfase em Ensino de História. Pesquisa identidade e diferença, currículo, gênero e sexualidade, laicidade, conservadorismo e fundamentalismo religioso. Integra o Observatório da Laicidade na Educação e o coletivo Professores Contra o Escola Sem Partido.

Pedro Teixeira, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Professor adjunto do Departamento de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Coordenador do Diversias - Grupo de Estudos em Diversidade, Educação e Controvérsias (PUC-Rio/CNPq). Jovem Cientista do Nosso Estado (FAPERJ). Vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/PUC-Rio, 2022-2024). Doutor em Ciências Humanas (Educação) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), tendo realizado período sanduíche no Institute of Education da University College London (UCL IOE, Reino Unido) sob a supervisão do professor Ralph Levinson. É mestre em Educação (2012) pela PUC-Rio e licenciado em Ciências Biológicas (2009) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Desenvolve pesquisas em Educação e Ensino de Ciências, com foco em ensino de temas controversos, religião, conservadorismo, diferenças e interculturalidade em contextos escolares. Foi professor de Biologia e Ciências no Ensino Fundamental e Ensino Médio do Colégio de Aplicação da UFRJ e da rede particular. Possui experiência em cursos de formação continuada e de extensão nas áreas de Ensino de Ciências, Biologia e Educação em Direitos Humanos.

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Publicado

31-10-2022

Como Citar

Moreira, H. A., Moura, F., & Teixeira, P. (2022). Homeschooling, ensino de controvérsias e o novo conservadorismo brasileiro. Cadernos De Pesquisa, 52, e09693. Recuperado de https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/9693

Edição

v. 52 (2022)

Seção

Políticas Públicas, Avaliação e Gestão

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