L’idée d’avenir en politique et en éducation : un dialogue avec Arendt

Auteurs-es

  • Maurício Liberal Augusto Grupo de Estudos em Educação e Pensamento Contemporâneo – GEEPC –, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – FE/USP –,São Paulo, São Paulo, Brasil

Mots-clés :

Politique, Éducation, Avenir, Arendt, Hannah

Résumé

Il s’agit d’examiner la force sémantique contenue dans les notions d’avenir em politique et en éducation à partir de l’essai de Hannah Arendt « La crise dans l’éducation » (1958). Pour l’auteur, la tradition a légué la conception de politique en tant que fabrication (poièsis), en lui ôtant la dignité propre à l’action humaine (praxis) au sein de la vie active. Le phénomène politique de la natalité – l’irruption des nouveaux-venus au monde et la promesse d’un nouveau début – sert de contrepoint au désir de fabriquer soit une nouvelle société, soit le nouvel homme, dans le domaine de l’éducation. L’usage abusif du slogan d’une école de l’avenir justifie un examen plus attentif d’une attitude conservatrice qu’Arendt confère à l’éducation dans ses exercices de pensée politique comme forme de préserver la nouveauté potentielle des nouveaux-venus au monde.

 

 

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Maurício Liberal Augusto, Grupo de Estudos em Educação e Pensamento Contemporâneo – GEEPC –, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – FE/USP –,São Paulo, São Paulo, Brasil

Maurício é graduado e licenciado em História pela Universidade de São Paulo (1996), mestre (2003) e doutor em educação (2013) pela mesma universidade. Foi bolsista de doutorado da Fapesp (2010-2013) e cumpriu um Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) pela CAPES (abril a julho de 2012) na Universidade de Barcelona. É membro do GEEPC (Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Educação e o Pensamento Contemporâneo) sediado na Faculdade de Educação da USP. Como professor, também atuou no ensino médio do Colégio Oswald de Andrade (1999-2005) e no Ensino Fundamental II do Colégio Santa Cruz (2006-2008) e na ETEC de Embu das Artes. Colabora regularmente na produção e edição de livros didáticos. Ultimamente tem se dedicado ao pensamento de Hannah Arendt e Paul Ricoeur, especialmente as conexões e fronteiras entre educação, política, história e narrativa. 

Références

ABREU, Martha. Escrevendo filmes. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 4, n. 41, p. 98, fev. 2009.

ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

ALMEIDA, Vanessa Sievers de. Educação em Hannah Arendt: entre o mundo deserto e o amor ao mundo. São Paulo: Cortez, 2011.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Tradução de Roberto Raposo, Revisão técnica de Adriano Correia. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010a.

ARENDT, Hannah. Lo que quiero és compreender: sobre mi vida y mi obra. Madrid: Trotta, 2010b.

ARENDT, Hannah. Sobre a violência. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.

ARENDT, Hannah. Compreender: formação, exílio e totalitarismo (ensaios). São Paulo:

Companhia das Letras; Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

ARENDT, Hannah. Sobre a revolução. Lisboa: Relógio D’ Água, 2001.

ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro: seis exercícios de pensamento político. São Paulo: Perspectiva, 1992.

ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

BÁRCENA, Fernando. Hannah Arendt: una filosofía de la natalidad. Barcelona: Herder, 2006.

BENVENUTI, Erica. Educação e política em Hannah Arendt: um sentido político para a separação. 2010. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

BIGNOTTO, Newton. Origens do republicanismo moderno. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.

BOTO, Carlota Reis. A escola do homem novo: entre o Iluminismo e a Revolução Francesa. São Paulo: Unesp, 1996.

CARVALHO, José Sérgio Fonseca de. Apontamentos para uma crítica das repercussões da obra de Paulo Freire. Cadernos de História e Filosofia da Educação, v. II, n. 4, p. 23-33, 1998.

CARVALHO, José Sérgio Fonseca de. A crise na educação como crise da modernidade. Revista Educação, São Paulo, n. 4, p. 16- 25, 2007. Especial Hannah Arendt pensa a educação.

CÉSAR, Maria Rita de Assis. A educação num mundo à deriva. Revista Educação, São Paulo, v. 4, p. 36-45, 2007. Especial Hannah Arendt pensa a educação.

COHN, Gabriel. Adorno e a teoria crítica da sociedade. In: ADORNO, Theodor W. Theodor Adorno (Sociologia). São Paulo: Ática, 1986. (Grandes Cientistas Sociais).

CORDEIRO, Jaime F. Parreira. Falas do novo, figuras da tradição: o novo e o tradicional na educação brasileira (anos 70 e 80). São Paulo: Editora Unesp, 2002.

CORREIA, Adriano. O significado político da natalidade: Arendt e Agostinho. In: CORREIA, Adriano; NASCIMENTO, Mariangela (Org.). Hannah Arendt: entre o passado e o futuro. Juiz de Fora: UFJF, 2008. p. 15-34.

CRUZ, Manuel. Hacerse cargo: sobre responsabilidad e identidad personal. Barcelona: Paidós, 1999.

CUSTÓDIO, Crislei de Oliveira. Educação e mundo comum em Hannah Arendt: reflexões e relações em face da crise do mundo moderno. 2011. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.

DRUCKER, Claudia. O futuro da “Outra Tradição”. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, n. 14, p. 205-208, jun. 2000.

DUARTE, André. Hannah Arendt e o pensamento político: a arte de distinguir e relacionar conceitos. Argumentos: Revista de Filosofia, Fortaleza, ano 5, n. 9, p. 39-62, jan./jun. 2013.

DUARTE, André. Educação: entre a tradição e a ruptura. Revista Educação, São Paulo, n. 4, p. 84-89, 2007. Especial Hannah Arendt pensa a educação.

DUARTE, André. O pensamento à sombra da ruptura: política e filosofia em Hannah Arendt. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

LARROSA, Jorge. Pedagogia profana: danças, piruetas e mascaradas. Tradução de Alfredo Veiga-Neto. 5. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

LEFORT, Claude. Formação e autoridade: a educação humanista. In: LEFORT, Claude. Desafios da escrita política. São Paulo: Discurso, 1999.

PORCEL, Beatriz. Hannah Arendt y la crisis de nuestro tiempo. Argumentos: Revista de Filosofia, Fortaleza, ano 5, n. 9, p. 197-204, jan./jun. 2013.

SILVA, Franklin Leopoldo e. O mundo vazio: sobre a ausência da política no contexto

contemporâneo. In: SILVA, Doris Accioly; MARRACH, Sonia Alem (Org.). Maurício Tragtenberg: uma vida para as ciências humanas. São Paulo: Editora Unesp, 2001.

TAMINIAUX, Jacques. ¿Performatividad y grecomanía?. In: BIRULÉS, Fina et al. Hannah Arendt, el legado de una mirada. Sequitur: Madrid, 2008.

VIDAL, Diana Gonçalves. 80 anos do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova: questões para debate. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 39, n. 3, p. 577-588, jul./set. 2013.

VIDAL-NAQUET, Pierre. O mundo de Homero. Tradução de Jonatas B. Neto. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

VILLA, Dana. Arendt y Sócrates. In: BIRULÉS, Fina et al. Hannah Arendt, el legado de una mirada. Madrid: Sequitur, 2008.

Publié-e

2016-10-14

Comment citer

Augusto, M. L. (2016). L’idée d’avenir en politique et en éducation : un dialogue avec Arendt. Cadernos De Pesquisa, 46(161), 870–894. Consulté à l’adresse https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/3604

Numéro

Rubrique

Articles