Escrita de resumos e estratégias de autorregulação da aprendizagem

Auteurs-es

  • Ana Margarida Veiga-Simão Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (Cipul), Lisboa, Portugal
  • Lourdes Maria Bragagnolo Frison Departamento de Fundamentos da Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil
  • Rejane Flor Machado Centro de Letras e Comunicação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil

Mots-clés :

Leitura, Escrita, Autorregulação, Resumos

Résumé

Com este estudo, que se situa na articulação de áreas das ciências humanas, quer-se verificar se autores de resumos evidenciam em seus textos conhecer as características desse gênero discursivo e se mostram competência autorregulada ao fazê-lo. Primeiramente, foram analisados 24 resumos, realizados por candidatos ao mestrado de uma instituição de ensino federal. Para isso, construiu-se um instrumento de análise e de ponderações quantitativas, procurando melhor expressar os resultados. Dos 24 resumos analisados, cinco foram considerados compatíveis com uma produção escrita, por expressarem semanticamente propriedades de leitura e de organização discursiva; 13 não apresentaram as propriedades esperadas; outros seis apresentaram problemas graves, como cópia do trabalho original. As análises foram alicerçadas pelo construto da autorregulação da aprendizagem e por teorias linguísticas discursivas.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Ana Margarida Veiga-Simão, Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (Cipul), Lisboa, Portugal

Docente da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (Cipul), Lisboa, Portugal; cocoordenadora do Programa Interuniversitário de Doutoramento em Psicologia; integrante do Centro de Investigação em Psicologia da Universidade de Lisboa (Cipul), Lisboa, Portugal

Lourdes Maria Bragagnolo Frison, Departamento de Fundamentos da Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil

Professora adjunta do Departamento de Fundamentos da Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil

 

Rejane Flor Machado, Centro de Letras e Comunicação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil

Docente do Centro de Letras e Comunicação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil; líder do grupo de pesquisa Estudos em Linguística Funcional; bolsista Pós-Doutorado no Exterior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PDE/CNPq)

Références

ADAM, Jean-Michel. La linguistique textuelle: introduction à analyse textuelle des discours. Paris: Armand Colin, 2008.

ADAM, Jean-Michel. Les textes: types et prototypes – récit, description, argumentation, explication et dialogue. Paris: Nathan, 1992.

ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino da língua sem pedras no caminho. 4. ed. São Paulo: Parábola, 2009.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 4. ed. Lisboa: Edições 70, 2009.

BEREITER, Carl; SCARDAMALIA, Marlene. The psychology of written composition. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum, 1987.

BRANDÃO, Helena N. Texto, gêneros do discurso e ensino. In: CHIAPPINI, Ligia (Org.). Gêneros do discurso na escola. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001. (Aprender e ensinar com textos, v. 5).

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF: MEC/SEF, 1997.

CITELLI, Adilson. O texto argumentativo. São Paulo: Scipione, 1994.

COLELLO, Silvia M. G. A escola que (não) ensina a escrever. São Paulo: Paz e Terra, 2007.

DUCROT, Oswald. A pragmática e o estudo semântico da língua. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 40, n. 1, p. 9-21, mar. 2005.

DUCROT, Oswald. La pragmaticque et l’étude sémantique de la langue. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 32, n. 1, p. 9-21, mar. 1997.

GERALDI, João Wanderlei. Prática de leitura na escola. In: GERALDI, João Wanderlei (Org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2001.

GERALDI, João Wanderlei. Portos de passagem. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

GRAHAM, Steve; HARRIS, Karen R. The role of self-regulation in the writing process. In: SCHUNK, Dale H.; ZIMMERMAN, Barry J. Self-regulation of learning and performance: issues and educational applications. New York, London: Routledge, 2009.

GRAHAM, Steve; HARRIS, Karen R. Self-regulation and writing: where do we go from here? Contemporary Educational Psychology, n. 22, p. 102-114, 1997.

GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. São Paulo: Ática, 1999.

HAYES, John; FLOWER, Linda. Writing research and the writer. American Psychologist, n. 41, p. 1106-1113, 1986.

JOMAND-BAUDRY, Régine. Le résumé de texte au baccalauréat. Pratiques, n. 72, p. 105-124, déc. 1991.

LE ROUX, Dominique. Automatisation de l’activité résumante: essai de typologie. In: CHAROLLES, Michel; PETITJEAN, André. Le résumé de texte: aspects linguistiques, sémiotiques, psycholinguistiques et automatiques. Paris-Fr: Klincksieck, 1989. p. 253-277.

KLEIMAN, Angela B. Processos identitários na formação profissional: o professor como agente de letramento. In: CORRÊA, Manoel L. G.; BOCH, Françoise (Org.). Ensino de língua: representação e letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2006. p. 75-86.

KLEIMAN, Angela B. Letramento e formação do professor: quais as práticas e exigências no local de trabalho? In: KLEIMAN, Angela B. (Org.). A formação do professor: perspectivas da Linguística Aplicada. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2001. p. 39-68.

KLEIMAN, Angela B. O processo de aculturação pela escrita: ensino da forma ou aprendizagem da função? In: KLEIMAN, Angela B.; SIGNORINI, Inés (Org.). O ensino e a formação do professor: alfabetização de jovens e adultos. Porto Alegre: Artmed, 2000. p. 223-243.

KLEIMAN, Angela B. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In: KLEIMAN, Angela B. (Org.). Os significados do letramento. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1995. p. 15-61.

MACHADO, Anna R.; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília S. Resumo. São Paulo: Parábola, 2004.

MACHADO, Rejane F.; FRISON, Lourdes Maria B. Autorregulação da aprendizagem: uma aposta na compreensão da leitura. Cadernos de Educação, Pelotas, n. 42, p. 168-198, 2012.

MALPIQUE, Anabela; VEIGA-SIMÃO, Ana Margarida V. da V. Cinderela e o sapato de cristal: ensinando estratégias de autorregulação para a composição escrita. In: VEIGA-SIMÃO, Ana Margarida V. da V.; FRISON, Lourdes Maria B.; ABRAHÃO, Maria Helena M. B. (Org.). Autorregulação da aprendizagem e narrativas autobiográficas: epistemologia e práticas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012. p. 155-178.

MONTALVO, Fermín T.; TORRES, Maria G. El aprendizaje autorregulado: presente y futuro de la investigación. Revista Electrónica de Investigación Psicoeducativa, v. 2, n. 1, p. 1-34, 2004.

OLIVEIRA, João B. A. Prova para professores é mais uma jabuticaba. O Estado de S. Paulo, 31 out. 2011. Disponível em <http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,prova-para-professores-e-mais-uma-jabuticaba-imp-,792703>. Acesso em: 9 jun. 2014.

PINTRICH, Paul R. The Role of Metacognitive Knowledge in Learning, Teaching, and Assessing. Theory Into Practice, v. 41, n. 4, p. 219-225, 2002.

ROJO, Roxane H. R. A concepção de leitor e produtor de textos nos PCNs: “ler é melhor do que estudar”. In: FREITAS, Maria Teresa A.; COSTA, Sérgio R. (Org.). Leitura e escrita na formação de professores. São Paulo: Musa/UFJF, 2002. p. 31-52.

ROSÁRIO, Pedro et al. Auto-regular o aprender em sala de aula. In: ABRAHÃO, Maria Helena M. B. (Org.). Professores e alunos: aprendizagens significativas em comunidades de prática educativa. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. p. 115-132.

SALLES, Jerusa F.; PARENTE, Maria A. M. P. Relação entre desempenho infantil em linguagem escrita e percepção do professor. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 37, n. 132, p. 690-709, set./dez. 2007.

SCHNEDECKER, Catherine. Résumér: gammes d’activités. Pratiques, n. 72, p. 55-90, déc. 1991.

SEGRE, Cesare. Gêneros. In: Enciclopédia Einaudi: literatura - texto v. 17. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1989. p. 70-93.

VAN DIJK, Teun A. Macrostructures: an interdisciplinary study of global structures in disclosure, interaction, and cognition. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum, 1980.

VEIGA-SIMÃO, Ana Margarida V. da V. Aprendizagem estratégica: uma aposta na autorregulação. Lisboa: Ministério da Educação, 2002.

VEIGA-SIMÃO, Ana Margarida V. da V. O conhecimento estratégico e a auto-regulação da aprendizagem. Implicações em contexto escolar. In: SILVA, Adélia L. da et al. Aprendizagem auto-regulada pelo estudante: perspectivas psicológicas e educacionais. Porto: Porto, 2004. p. 77-87.

VIGNER, Gérard. Réduction de l’information et géneralisation: aspectos cognitifs et linguistiques de l’activité de résumer. Pratiques, n. 72, p. 33-54, déc. 1991.

ZIMMERMAN, Barry. From Cognitive Modeling to Self-Regulation: a Social Cognitive Career Path. Educational Psychologist, v. 48, n. 3, p. 135-147, 2013.

ZIMMERMAN, Barry. Dimensions of Academic Self-Regulation: a conceptual Framework for Education. In: SCHUNK, Dale H.; ZIMMERMAN, Barry J. Self-regulation of learning and performance. New Jersey: Routledge, 2009.

ZIMMERMAN, Barry; PONS, Manuel. Development of a Structured Interview for Assessing Student Use of Self-Regulated Learning Strategies. American Educational Research Journal, v. 23, n. 4, p. 614-628, 1986.

ZIMMERMAN, Barry; RISEMBERG, Rafael. Becoming a self-regulated writer: a social cognitive perspective. Contemporary Educational Psychology, n. 22, p. 73-101, 1997.

Téléchargements

Publié-e

2015-03-31

Comment citer

Veiga-Simão, A. M., Frison, L. M. B., & Machado, R. F. (2015). Escrita de resumos e estratégias de autorregulação da aprendizagem. Cadernos De Pesquisa, 45(155), 30–55. Consulté à l’adresse https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/2873

Numéro

Rubrique

Articles