Desigualdades de gênero em ocupações jurídicas
Palavras-chave:
Mercado de Trabalho Jurídico, Relações de Gênero, ProfissionalismoResumo
Este artigo busca analisar empiricamente como o efeito educacional de mulheres nos cursos superiores de Direito afeta sua inserção no mercado de trabalho formal. Para dar conta desse objetivo, utilizamos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) para analisar todas as famílias ocupacionais que exigem formação jurídica. Os dados demonstram que mulheres já eram maioria como serventuárias de justiça e afins e tornaram-se maioria na advocacia privada a partir de 2010. Quanto à renda recebida, controlada por outras variáveis, mulheres tendem a receber menos do que homens nas mesmas ocupações, tendo rendimentos maiores apenas entre procuradoras e advogadas públicas.
Downloads
Referências
Almeida, F. de. (2014). As elites da justiça: Instituições, profissões e poder na política da justiça brasileira. Revista de Sociologia e Política, 22(52), 77-95. https://doi.org/10.1590/1678-987314225206
Arantes, R. B., & Moreira, T. M. Q. (2019). Democracia, instituições de controle e justiça sob a ótica do pluralismo estatal. Revista Opinião Pública, 25(1), 97-135. https://doi.org/10.1590/1807-0191201925197
Barbalho, R. M. (2008). A feminização das carreiras jurídicas e seus reflexos no profissionalismo [Tese de doutorado, Universidade Federal de São Carlos]. Repositório Institucional da UFSCar. https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/6663/2026.pdf?sequence=1
Barbosa, M. L. (1993). A Sociologia das profissões: Em torno da legitimidade de um objeto. BIB − Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, 36(1), 3-30.
Bertolin, P. T. M. (2017). Feminização da advocacia e ascensão das mulheres nas sociedades de advogados. Cadernos de Pesquisa, 47(163), 16-42. https://doi.org/10.1590/198053143656
Bonelli, M. da G., Cunha, L. G., Oliveira, F. L. de, & Silveira, M. N. B. (2008). Profissionalização por gênero em escritórios paulistas de advocacia. Tempo Social, 20(1), 265-290. https://doi.org/10.1590/S0103-20702008000100013
Bonelli, M. da G., Nunes, J. H., & Mick, J. (2017). Ocupações e profissões na Sociedade Brasileira de Sociologia: Balanço da produção (2003-2017). Revista Brasileira de Sociologia, 5(11), 19-28. https://doi.org/10.20336/rbs.219
Bonelli, M. da G., & Oliveira, F. L. de. (2003). A política das profissões jurídicas: Autonomia em relação ao mercado, ao Estado e ao cliente. Revista de Ciências Sociais, 34(1), 99-114.
Bonelli, M. da G., & Oliveira, F. L. de. (2023). Changes in gender and race composition of the Brazilian Judiciary. Oñati Socio-Legal Series, 13(4), 1351-1375. https://doi.org/10.35295/osls.iisl/0000-0000-0000-1394
Campos, A. G., & Benedetto, R. di. (2021). Mercado de trabalho jurídico no Brasil: Qual é a situação atual? [Texto para Discussão, 2714]. Ipea. https://doi.org/10.38116/td2714
Castilla, E. J. (2008). Gender, race, and meritocracy in organizational careers. American Journal of Sociology, 113(6), 1479-1526. http://www.journals.uchicago.edu/t-and-c
Fragale, R., Moreira, R. S., Fo., & Sciammarella, A. P. de O. (2015). Magistratura e gênero: Um olhar sobre as mulheres nas cúpulas do Judiciário brasileiro. E-Cadernos CES, (24), 57-77. https://doi.org/10.4000/eces.1968
Kahwage, T. L., & Severi, F. C. (2019). Para além de números: Uma análise dos estudos sobre a feminização da magistratura. Revista de Informação Legislativa: RIL, 56(222), 51-73.
Philips, D. J. (2005). Organizational genealogies and the persistence of gender inequality: The case of Silicon Valley law firms. Administrative Science Quarterly, 50(3), 440-472.
Severi, F. C. (2016). O gênero da justiça e a problemática da efetivação dos direitos humanos das mulheres. Revista Direito e Práxis, 7(13), 81-115. https://doi.org/10.12957/dep.2016.16716
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Cadernos de Pesquisa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).