Novas territorialidades em alternância na Escola Família Agroextrativista do Carvão, no Amapá

Autores

Palavras-chave:

Alternância, Cartografia Socioeducativa, Prática Pedagógica

Resumo

Este artigo buscou compreender as percepções dos educadores sobre a práxis educativa em alternância na Escola Família Agroextrativista do Carvão (Efac), no estado do Amapá. A pesquisa é um estudo de caso, de abordagem qualitativa, e as técnicas de pesquisa foram: observação direta e cartografia socioeducativa dos saberes dos educadores pesquisados. Os resultados evidenciam o engajamento dos educadores no fortalecimento de sua atuação nos núcleos formativos que compõem as áreas da Efac, pautados na interdisciplinaridade e no tempo/vivência na escola-comunidade. A educação é construída com base em saberes socioeducativos construídos pela Efac, em que os princípios da alternância e modos de vida das populações tradicionais amazônicas integram o fazer educativo em seus territórios de atuação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Raimunda Kelly Silva Gomes, Universidade do Estado do Amapá (UEAP), Macapá (AP), Brasil

Doutoranda em educação pela Universidade Federal do Pará. Mestre em biologia ambiental, com ênfase em ecologia de ecossistemas costeiros e estuarinos, pela Universidade Federal do Pará, campus de Bragança. Desenvolveu atividades de pesquisa no Instituto de Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado do Amapá. Atualmente é docente da Universidade do Estado do Amapá, onde vem desenvolvendo atividades de pesquisa e extensão universitária. Além disso, orienta iniciação científica.

Valéria Silva de Morais Novais, Universidade do Estado do Amapá (UEAP), Macapá (AP), Brasil

Possui graduação em pedagogia pela Universidade Federal do Pará, além de mestrado e doutorado em educação pela mesma instituição. É pós-doutoranda em educação, com ênfase nas políticas educacionais para a educação de jovens e adultos (EJA), na Universidade de Genebra. Atualmente é professora adjunta da Universidade do Estado do Amapá e docente permanente da Universidade Federal do Amapá. Atua nos temas: financiamento e expansão da educação superior, políticas para gestão escolar e políticas educacionais para a EJA.

Referências

Alves-Mazzotti, A. J. (2006). Usos e abusos dos estudos de caso. Cadernos de Pesquisa, 36(129), 637-651. http://educa.fcc.org.br/pdf/cp/v36n129/v36n129a07.pdf

Alves-Mazzotti, A. J., & Gewandsznajder, F. (1999). O método nas ciências naturais e sociais: Pesquisa quantitativa e qualitativa (2a ed.). Pioneira.

Barroso, A. M. C., & Aldigueri C. R. (2015). Processos participativos como ferramentas para a intervenção em Assentamentos Informais de Interesse Social. Cartografia social e cidadania: Experiências de mapeamento participativo dos territórios de comunidades urbanas e tradicionais, 1, 85-101.

Bonavigo, L., & Caimi, F. E. (2018). A pedagogia da alternância no contexto da educação do campo: A experiência do Instituto Educar. Revista Brasileira de Educação do Campo, 3(1), 287-312.

Brandão, H. H. N. (2009). Introdução à análise do discurso. Unicamp.

Canário, R. (2005). A escola e as “dificuldades de aprendizagem”. Psicologia da Educação, (21).

Chizzotti, A. (2006). Pesquisa em ciências humanas e sociais (8a ed.). Cortez.

Cordeiro, K. M., & Cardoso, M. P. (2016). A pedagogia da alternância como metodologia educativa na educação de jovens e adultos pescadores: Educação. Pesquisa e Debate em Educação, 6(2), 155-166.

Costa, C. A. S., & Loureiro, C. F. B. (2015). Interdisciplinaridade e educação ambiental crítica: Questões epistemológicas a partir do materialismo histórico-dialético. Ciência & Educação, 21(3), 693-708.

Dias, R. E., & Lopes, A. C. (2003). Competências na formação de professores no Brasil: O que (não) há de novo. Educação & Sociedade, 24(85), 1155-1177. https://doi.org/10.1590/S0101-73302003000400004

Escola Família Agroextrativista do Carvão (Efac). (2022). Relatório anual da escola família agroextrativista do Carvão.

Gimonet, J. C. (2007). Praticar e compreender a Pedagogia da Alternância dos CEFFAS (Coleção AIDEFA). (T. de Burghgrave, Trad.). Vozes.

Gomes, R. K. S., & Calado, J. F. (2020). O resistir e reexistir das populações tradicionais e extrativistas no Território Amazônico Amapaense. REMEA-Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, 37(4), 28-43.

Gomes, R. K. S., & Calado, J. F. (2022). Educação ambiental: A práxis educativa em alternância na Amazônia amapaense. Humanidades & inovação, 9(13), 207-218.

Gorayeb, A., Meireles, A. J. A., & Silva, E. V. (2015). Princípios básicos de cartografia e construção de mapas sociais: Metodologias aplicadas ao mapeamento participativo. In A. Gorayeb, A. J. A. Meireles, & E. V. Silva, Cartografia social e cidadania: Experiências de mapeamento participativo dos territórios de comunidades urbanas e tradicionais (pp. 9-24). Expressão Gráfica Editora.

Leff, E. (2021). Political ecology: Deconstructing capital and territorializing life. Springer Nature.

Leff, E., & Vieira, P. F. (2001). Epistemologia ambiental. Cortez.

Luizari, R. A., & Cavalari, R. M. F. (2003). A contribuição do pensamento de Edgar Morin. Educação: Teoria e Prática, 11(20/21), 1-7. http://hdl.handle.net/11449/10700

Morin, E., Almeida, M. C., & Carvalho, E. A. (2002). Educação e complexidade: Os sete saberes e outros ensaios. Cortez.

Nascimento, M. A. V. (2007). Dimensões da identidade profissional docente na formação inicial. Revista Portuguesa de Pedagogia, 207-218.

Núcleo de Desenvolvimento Territorial Sustentável (Nutex). (2020). Relatório de técnico de georreferenciamento dos territórios de atuação do Nutex. Universidade do Estado do Amapá (UEAP).

Pereira, W. A., & Gomes, R. K. S. (2021). Saberes docentes em educação ambiental na escola família agroecológica do macacoari. Teias, 22(67), 478-497. https://doi.org/10.12957/teias.2021.53445

Sartori, J., Silva, D., & Pagliarin, L. L. P. (2019). A Pedagogia da Alternância como possibilidade formativa nas licenciaturas em educação do campo. Educação, Ciência e Cultura, 24(1), 41-52. http://dx.doi.org/10.18316/recc.v24i1.4472

Silva, A. C. R. (2003). Metodologia da pesquisa aplicada. Atlas.

Teixeira, E. S., Bernartt, M. L., & Trindade, G. A. (2008). Estudos sobre Pedagogia da Alternância no Brasil: Revisão de literatura e perspectivas para a pesquisa. Educação e Pesquisa, 34(2), 227-242. https://doi.org/10.1590/S1517-97022008000200002

Thiesen, J. S. (2008). A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, 13(39), 545-554. https://doi.org/10.1590/S1413-24782008000300010

Wanderley, M. N. B. (2007). Jovens rurais de pequenos municípios de Pernambuco: Que sonhos para o futuro. Juventude Rural em Perspectiva, 21-33.

Yin, R. K. (2010). Estudo de caso: Planejamento e métodos (4a ed.). Bookman.

Zimmermann, A., & Meurer, A. C. (2016). Casa familiar rural e pedagogia da alternância: Território de formação do agricultor. Paco Editorial.

Downloads

Publicado

20-06-2023

Como Citar

Gomes, R. K. S., & Novais, V. S. de M. (2023). Novas territorialidades em alternância na Escola Família Agroextrativista do Carvão, no Amapá. Cadernos De Pesquisa, 53, e10000. Recuperado de https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/10000

Edição

v. 53 (2023)

Seção

Educação Básica, Cultura, Currículo

Licença

Copyright (c) 2023 Cadernos de Pesquisa

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

a. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).