Boas práticas escolares e avaliação em larga escala: a literatura ibero-americana em questão
DOI:
https://doi.org/10.18222/eae266203022Palavras-chave:
Levantamento bibliográfico, Boas práticas escolares, Escolas eficazes, Produção acadêmica ibero-americanaResumo
Este artigo aborda a literatura acadêmico-científica sobre as boas práticas escolares numa perspectiva panorâmica, enfocando a produção científica no espaço ibero-americano. Trata-se de uma pesquisa sobre o estado do conhecimento, resultante de rigoroso levantamento bibliográfico, em que se identificam concepções subjacentes, tendências e principais abordagens na literatura estudada. Constata-se, no contexto luso-brasileiro, a tendência de uma discussão politizada e questionadora dos referenciais ideológicos subjacentes às boas práticas escolares, ao passo que, no contexto espanhol, predomina uma comunidade científica que, desde um ponto de vista sistêmico, estuda as boas práticas sob o prisma da construção de uma escola eficaz.
Downloads
Referências
ABRAMOVAY, M. et al. Escolas inovadoras: experiências bem-sucedidas em escolas públicas. Brasília, DF: Unesco; MEC, 2003.
BARROSO, J. A emergência do local e os novos modos de regulação das políticas educativas. Revista Educação: Temas e Problemas, Évora, v. 12, n. 13, p. 13-26, 2013.
BENAVENTE, A. Portugal, 1995/2001: reflexões sobre democratização e qualidade na educação básica. Revista Iberoamericana de Educación, n. 27, p. 99-123, set/dez. 2001. DOI: https://doi.org/10.35362/rie270971
BENAVENTE, A. A educação na luta contra a exclusão e pela democracia. Entrevista de Manuel Tavares com Ana Benavente. Revista Lusófona de Educação, n. 16,
p. 133-148, 2010.
BRASIL. Decreto n. 6.094, de 24 de abril de 2007. Planos e Metas Compromissos
Todos pela Educação. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2007a.
BRASIL. Decreto n. 6.094, de 24 de abril de 2007. O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2007b.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: Edições
Câmera, 2010.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Vencendo o desafio da aprendizagem nas séries iniciais: a experiência de Sobral/CE. Brasília, DF: Inep, 2005.
BRASIL. Ministério da Educação; BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO. Melhores práticas em escolas de ensino médio no Brasil. Brasília, DF: Inep, 2010.
CAMPOS, R. F. Fazer mais com menos: gestão educacional na perspectiva da Cepal e da Unesco. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 28., 2005, Caxambu, MG. Anais... Caxambu: Anped, 2005.
CARDELLI, D. T.; ELLIOT, L. G. Avaliação por diferentes olhares: fatores que explicam o sucesso de escola carioca em área de risco. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 20, n. 77, p. 769-798, DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-40362012000400008
out./dez. 2012.
CARVALHO, L. M. Mútua vigilância organizada. Educação: Temas e Problemas, Évora, v. 12/13, p. 61-76, 2013.
CASASSUS, J. Ver el caballo de Troya: la desigualdad en la calidad de la educación. Revista Docencia, Santiago de Chile, n. 44, p. 65-74, set. 2011.
COELHO, I.; SARRICO, C.; ROSA, M. J. Avaliação de escolas em Portugal: que futuro? Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, v. 7, n. 2, p. 56-67, abr./jun. 2008.
COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA; ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA. Invertir mejor, para invertir más: financiamiento y gestión de la educación en América Latina y Caribe. Santiago de Chile: Cepal; Unesco, 2005.
DELORS, Jacques et al. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, Unesco, 2000.
DIAS SOBRINHO, J. Editorial. Avaliação: Revista da Avaliação do Ensino Superior, Sorocaba, v. 17, n. 1, p. 7-10, mar. 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-40772012000100001
ESCUDERO MUÑOZ, J. M. Buenas prácticas y programas extraordinarios de atención al alumnado en riesgo de exclusión educativa. Profesorado. Revista de Currículum y Formación de Profesorado, v. 13, n. 3, p. 107-141, 2009.
FERNANDES, D. A avaliação das aprendizagens no sistema educativo português. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 33, n. 3, p. 581-600, set./dez. 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022007000300013
FERREIRA, N. S. A. As pesquisas denominadas “estado da arte”. Educação & Sociedade, v. 23, n. 79, p. 257-272, ago. 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302002000300013
FREITAS, L. C. Ciclo ou séries? O que muda quando se altera a forma de organizar os tempos-espaços da escola? In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 27.,
, Caxambu. Anais... Caxambu, MG: Anped, 2004.
FREITAS, L. C. Os reformadores empresariais da educação: da desmoralização do magistério à destruição do sistema público de educação. Educação & Sociedade, Campinas, v. 33, n. 119, p. 379-404, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302012000200004
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA; BRASIL. Ministério da Educação. Aprova Brasil: o direito de aprender. Boas práticas em escolas públicas avaliadas pela Prova Brasil. Brasília, DF: Unicef; MEC, 2007.
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA; BRASIL. Ministério da Educação. Redes de aprendizagem, boas práticas de municípios que garantem o direito de aprender. Brasília, DF: Unicef; MEC, 2008.
GAITAS, S.; SILVA, J. C. “Bons professores” e boas “práticas pedagógicas”:
a visão de professores e alunos dos 2º e 3º ciclos. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO EM PSICOLOGIA, 7., de 4 a 6 de fevereiro 2010, Portugal. Actas... Portugal: Universidade do Minho, 2010.
JUSTINO, D.; BATISTA, S. Redes de escolas e modos de regulação do sistema educativo. Educação: Temas e Problemas, Évora, v. 12/13, p. 41-60, 2013.
LUZÓN, A. et al. Buenas prácticas en los programas extraordinarios de atención a la diversidad en centros de educación secundaria: una mirada desde la experiencia. Profesorado, Revista del Currículum y Formación del Profesorado, v. 13, n. 3, p. 216- 238, 2009.
MAcDONALD, B. Uma classificação política dos estudos avaliativos. In: GOLDBERG, M. A. A.; SOUSA, C. P. Avaliação de programas educacionais: vicissitudes, controvérsias, desafios. São Paulo: EPU, 1982.
MARCHELLI, P. S. Expansão e qualidade da educação básica no Brasil. Cadernos de Pesquisa, v. 40, n. 140, p. 561-585, maio/ago. 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742010000200013
MARTINS, E. C. C. Construindo uma escola eficaz: boas práticas escolares e fatores de alto desempenho em escolas de alta vulnerabilidade social. Dissertação (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, 2015.
MARTINS, J. S. O mal-estar da escola: uma tematização a partir de nossas
“melhores” intervenções pedagógicas. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED,
, 2008, Caxambu. Anais... Caxambu, MG: Anped, 2008.
MUIJS, D. La mejora y la eficacia de las escuelas en zonas desfavorecidas: resumen de resultados de investigación. Revista Electrónica Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación, v. 1, n. 2, p. 1-7, 2003. DOI: https://doi.org/10.15366/reice2003.1.2.002
MURILLO TORRECILLA, F. J. La investigación en eficacia escolar y mejora de la escuela como motor para el incremento de la calidad educativa
en Iberoamérica. Revista Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en
Educación, v. 3, n. 2, p. 1-11, 2005.
MURILLO TORRECILLA, F. J.; HERNÁNDEZ CASTILLA, R. La equidad en
la investigación sobre eficacia escolar. Profesorado. Revista de Currículum y
Formación del Profesorado, v. 15, n. 3, p. 3-8, 2011.
OLIVEIRA, D. A.; VIEIRA, L. F.; AUGUSTO, M. H. Políticas de responsabilização e gestão escolar na educação brasileira. Linhas críticas, Brasília, DF, v. 20, n. 43, p. 529-548, set./dez. 2014. DOI: https://doi.org/10.26512/lc.v20i43.4367
PACHECO, J. A. Processos e práticas de educação e formação. Para uma análise da realidade portuguesa em contextos de globalização. Revista Portuguesa de Educação, v. 22, n. 1, p. 105-143, 2009. DOI: https://doi.org/10.21814/rpe.13955
PARANDEKAR, S.; OLIVEIRA, R.; AMORIM, E. (Org.). Desempenho dos alunos na Prova Brasil: diversos caminhos para o sucesso educacional nas redes municipais de ensino. Brasília, DF: Inep, 2008.
RAMOS CORPAS, M. J.; CASTILLO GARCÍA, M. Buenas prácticas en los institutos de educación secundaria: una práctica orientada a la utilización de la técnica sociométrica para profundizar en el conocimiento del alumnado. Revista de la Asociación de Inspectores de Educación de España, n. 18, p. 1-10, mayo 2013.
REBOLLO CATALÁN, M. A.; PIEDRA de La QUADRA, J.; SALA, A.; SABUCO CANTÓ, A.; SAAVEDRA MACÍAS, J.; BASCÓN DÍAZ, M. La equidad de género en educación: análisis y descripción de buenas prácticas educativas. Revista de Educación, 358, p. 129-152, mayo/ago. 2012.
RICOY, M. C.; COUTO, M. J. V. S. As boas práticas com TIC e a utilidade atribuída pelos alunos recém-integrados à universidade. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 40, n. 4, p. 897-912, out./dez. 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022014005000005
RITACCO REAL, M. J.; AMORES FERNÁNDEZ, F. J. Buenas prácticas educativas ante el fracaso escolar en los programas de apoyo y refuerzo en contextos de exclusión social. Profesorado. Revista de Currículum y Formación del Profesorado, v. 15, n. 3, p. 117-137, 2011.
SAAVEDRA MACÍAS, F. J.; BASCÓN DÍAZ, M. J.; PRADOS GALLARDO, M. de M.; DEL MAR, M.; SABUCO CANTÓ, A. Indicadores y criterios de calidad de buenas prácticas coeducativas: una propuesta innovadora. Profesorado, Revista de Currículum y Formación del Profesorado, v. 17, n. 1, p. 201-220, ene./abr. 2013.
SANDER, B. Consenso e conflito: perspectivas analíticas na pedagogia e na administração da educação. São Paulo: Pioneira, 1984.
SANDER, B. Gestão educacional: concepções em disputa. Revista Retratos da
Escola, Brasília, DF, v. 3, n. 4, p. 69-80, jan./jun. 2009.
SORDI, M. R. L.; FREITAS, L. C. Responsabilização participativa. Revista
Retratos da Escola, Brasília, DF, v. 7, n. 12, p. 87-99, jan./jun. 2013.
SORDI, M. R. L.; LÜDKE, M. Os profissionais da educação e as suas relações com a comunidade escolar: aprendizagens no processo de qualificação da escola mediado pela avaliação institucional. EccoS Revista Científica,
São Paulo, v. 11, n. 1, p. 209-227, jan./jun. 2009.
SOUSA, C. P. Dimensões da avaliação educacional. Estudos em Avaliação
Educacional, São Paulo, n. 22, p. 101-118, 2000.
TINOCO, D. dos S. Análise sequencial de políticas públicas nas abordagens da ciência política e da gestão (Management). Cadernos Ebape.br, v. 8, n. 1, p. 184-197, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S1679-39512010000100012
TORRES, L. L. Rumo à excelência escolar: imposição política, opção organizacional ou efeito cultural? Educação: Temas e Problemas, Évora, v. 12, n. 13, p. 143-156, 2013.
VIVIANI, L. M. Formação de professoras e escolas normais paulistas: um estudo da disciplina Biologia Educacional. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 201-213, maio/ago. 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022005000200004
WERLANG, A. C.; VIRIATO, E. O. O programa para reforma educacional na América Latina e Caribe (Preal) e a política de formação docente no Brasil na década 90. In: REUNIÃO DA ANPED SUL, 9., 2012, Caxias do Sul. Anais... Caxias do Sul, 2012. p. 1-17.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons BY-NC do tipo "Atribuição Não Comercial" que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).