Pratiques d’enseignement et discrimination raciale : reflets de la société brésilienne

Auteurs-es

Mots-clés :

Discrimination Raciale , Racisme , Comportement de l’Enseignant, Sociologie

Résumé

La discrimination raciale est une pratique sociale qui, au Brésil, a des origines historiques. Sa présence est naturalisée dans l’espace scolaire en raison du racisme systémique de la société brésilienne. Cet article vise à répondre à la question suivante : Comment les enseignants agissent-ils face aux situations de discrimination raciale ? La réponse à cette question s’inspire de la sociologie pragmatique qui apporte un soutien théorique et méthodologique à une ethnographie sociologique. Des récits d’enseignants ont été recueillis lors d’entretiens concernant leurs pratiques pédagogiques face aux situations réelles dans lesquelles l’identité raciale est mobilisée. Tout en confirmant la difficulté que les enseignants ont à faire face à un racisme qui est le reflet de la société brésilienne, les données ont révélé que l’investissement dans la formation des enseignants est plus productif lorsque ceux-ci disposent de bonnes conditions de travail.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Gabriela Valente, Université Lumière Lyon 2, Laboratoire Education, Cultures, Politiques (ECP), Lyon, França

Pós-doutoranda na Université Lumière Lyon 2, doutora em Educação pela Universidade de São Paulo e pela Université Lumière Lyon 2. Pedagoga e mestra em Educação pela USP.

Adriana Santiago Rosa Dantas, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas (SP), Brasil

Bacharela em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas. Mestra em Estudos Culturais pela Universidade de São Paulo. Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo. Pós-doutoranda em Educação pela Unicamp.

Références

Albuquerque, E. (2009). Avaliação da técnica de amostragem “Respondent-driven Sampling” na estimação de prevalências de doenças transmissíveis em populações organizadas em redes complexas [Dissertação de Mestrado]. Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Fiocruz; Ministério da Saúde, Rio de Janeiro.

Almeida, S. L. (2018). O que é racismo estrutural? (Coleção Feminismos Plurais). Letramento.

Amigues, R. (2003). Pour une approche ergonomique de l’activité enseignante. Skholê, hors-série, 1, 5-16.

Beaud, S., & Weber, F. (2014). Guia para a pesquisa de campo: Produzir e analisar dados etnográficos. Vozes.

Berth, J. (2018). O que é empoderamento? Letramento.

Blais, M., & Martineau, S. (2006). L’analyse inductive générale: Description d’une démarche visant à donner un sens à des données brutes. Recherches Qualitatives, 26(2), 1-18.

Boltanski, L., & Thévenot, L. (1991). De la justification: Les économies de la grandeur. Gallimard.

Clot, Y. (2008). Travail et pouvoir d’agir. PUF.

Coelho, W. N. (2018). Formação de professores e relações étnico-raciais (2003-2014): Produção em teses, dissertações e artigos. Educar em Revista, 34(69), 97-122.

Cunha, L. A. (2017). A educação brasileira na primeira onda laica: Do Império à República. Edição do Autor.

Darmon, M. (2016). La socialisation. Armand Colin.

Dubet, F. (2000). Peut-on encore reformer l’école ? In A. Van Zanten (Dir.), L’école: L’état des savoirs (Textes à l’appui, série l’état des savoirs). Éditions la Découverte.

Dubet, F. (2014). Injustiças: A experiência das desigualdades no trabalho. Editora UFSC.

Dubet, F., & Martuccelli, D. (1996). À l’école: Sociologie de l’expérience scolaire. Le Seuil.

Forquin, J-C. (1993). Escola e cultura: As bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Artes Médicas.

Freyre, G. (2004). Casa-grande & senzala: Formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal (49a. ed.). Global. (Primeira edição publicada em 1933)

Gay, G. (2014). Atuando nas crenças na formação de professores para a diversidade cultural. Educação em Foco, 17(24), 93-121.

Gimeno-Sacristán, J. (2000). O currículo: Uma reflexão sobre a prática. Artmed.

Glass, R. (2012). Entendendo raça e racismo: Por uma educação racialmente crítica e antirracista. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 93(235), 883-913.

Gomes, L. (2012). Particularidades da infância na complexidade social: Um estudo sociológico acerca das configurações infantis [Tese de Doutorado]. Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Gomes, N. (2012). Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Currículo sem Fronteiras, 12(1), 98-109.

Gomes, N. (2017). O movimento negro educador: Saberes construídos nas lutas por emancipação. Vozes.

Gomes, N., & Jesus, R. (2013). As práticas pedagógicas de trabalho com relações étnico-raciais na escola na perspectiva de Lei 10.639/2003: Desafios para a política educacional e indagações para a pesquisa. Educar em Revista, (47), 19-33.

Guimarães, A. S. (2009). Racismo e antirracismo no Brasil (3a. ed.). Editora 34.

Haidar, M. L. (2008). O ensino secundário no Brasil Império (2a. ed.). Edusp.

Hasenbalg, C. (2005). Discriminação e desigualdades raciais no Brasil (2a. ed.). Editora UFMG; IUPERJ.

Hasenbalg, C., & Silva, N. (1999). Educação e diferenças raciais na mobilidade ocupacional do Brasil. In C. Hasenbalg, N. Silva, & M. Lima. Cor e estratificação social. Contra Capa Livraria.

Jones, J. (1973). Racismo e preconceito. Edusp.

Lantheaume, F., & Hélou, C. (2008). La souffrance des enseignants: Une sociologie pragmatique du travail enseignant. PUF.

Lei n. 10.639 de 9 de janeiro de 2003. (2003). Inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”. Ministério da Educação, Brasil.

Lima, M., & Prates, I. (2015). Desigualdades raciais no Brasil: Um desafio persistente. In M. Arretche (Org.), Trajetórias das desigualdades: Como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos. Editora Unesp; CEM.

Mafra, L. (2003). A sociologia dos estabelecimentos escolares. In N. Zago, M. P. Carvalho, & R. A. T. Vilela (Orgs.), Itinerários de pesquisa: Perspectivas qualitativas em sociologia da educação. DP&A.

Menezes, N., Filho, & Kirschbaum, C. (2015). Educação e desigualdades no Brasil. In M. Arretche (Org.), Trajetórias das desigualdades: Como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos. Editora Unesp; CEM.

Miranda, A. P. (2012). A força de uma expressão: Intolerância religiosa, conflitos e demandas por reconhecimento de direitos no Rio de Janeiro. [As máscaras de guerra da intolerância]. Comunicações do ISER, (66), 60-73. https://www.iser.org.br/publicacao/comunicacoes/66/

Moura, C. (1992). História do negro brasileiro. Ática.

Muller, T. M. (2018). Livro didático, educação e relações étnico-raciais: O estado da arte. Educar em Revista, 34(69), 77-95.

Munanga, K. (Org.) (2005). Superando o racismo na escola (2a. ed. rev.). Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.

Nachi, M. (2012). Introduction à la sociologie pragmatique. Armand Colin.

Nascimento, A. (2016). Trabalhadores negros e o “paradigma da ausência”: Contribuições à história social do trabalho no Brasil. Estudos Históricos, 29(59), 607-626.

Nogueira, O. (2006) Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: Sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações raciais no Brasil. Tempo Social: Revista de Sociologia da USP, 19(1), 287-308.

Oliveira, A. (2017). Religiões afro-brasileiras e o racismo: Contribuição para a categorização do racismo religioso [Dissertação de Mestrado em Direitos Humanos e Cidadania]. Universidade de Brasília, Brasília.

Perkins, D. D., & Zimmerman, M. A. (1995). Empowerment theory, research, and application. American Journal of Community Psychology, 23, 569-579.

Pereira, J. S. (2011). Diálogos sobre o exercício da docência: Recepção das leis 10.639/03 e 11.645/08. Educação e Realidade, 36(1), 147-172.

Setton, M. (2012). Socialização e cultura: Ensaios teóricos. Annablume.

Silva, A.-C. (2005). A desconstrução da discriminação no livro didático. In K. Munanga (Org.), Superando o racismo na escola (2a. ed. rev., pp. 21-38). Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.

Silva, P. B. (2018). Educação das relações étnico-raciais nas instituições escolares. Educar em Revista, 34(69), 123-150.

Telles, E. (2003). Racismo à brasileira: Uma nova perspectiva sociológica. Relume-Dumará; Fundação Ford.

Valente, G. A. (2010). Diferentes propostas curriculares para o ensino religioso e suas consequências para a laicidade do Estado [Trabalho Complementar de Curso/Graduação em Pedagogia]. Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação, São Paulo.

Van der Maren, J.-M. (1995). Méthodes de recherche pour l’éducation. De Boeck Université; PUM.

Publié-e

2021-04-30

Comment citer

Valente, G., & Dantas, A. S. R. (2021). Pratiques d’enseignement et discrimination raciale : reflets de la société brésilienne. Cadernos De Pesquisa, 51, e07327. Consulté à l’adresse https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/7327

Numéro

Rubrique

Formation et Travail des Enseignants