Comisiones de heteroidentificación racial para acceso a universidades federales
Palabras clave:
Acción Afirmativa, Cuotas, Educación Superior, Universidad FederalResumen
El artículo analiza la política de cuota racial para el acceso a la educación superior en una universidad federal brasileña en su más reciente regulación: la instalación de una comisión de heteroidentificación racial que se basa en el fenotipo de los(as) candidatos(as). La base epistemológica metodológica parte de un análisis crítico de la política, entendiendo que la construcción de esa acción pública es fruto de enfrentamientos y disputas entre actores con diferentes concepciones de justicia social. El resultado de la pesquisa apunta que, en la universidad estudiada, la instalación de la comisión de heteroidentificación retraído significativamente, desde la implementación de la cuota racial, en 2008, el acceso de personas autodeclaradas negras, indicando que las comisiones colocan en causa o significado de lo que es ser persona negra en Brasil.
Descargas
Citas
ALTMANN, P. ¿Descolonizar la sociología? Reflexiones a partir de una experiencia práctica. Foro de Educación, Salamanca, v. 18, n. 1, p. 85-101, 2020.
ALVES, J. A. L. A Conferência de Durban contra o racismo e a responsabilidade de todos. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, v. 45, n. 2, p. 198-223, 2002.
ARAÚJO, M.; MAESO, S. R. A presença ausente do racial: discursos políticos e pedagógicos sobre História, “Portugal” e (pós-)colonialismo. Educar em Revista, Curitiba, n. 47, p. 145-171, 2013.
BATISTA, N. C. Políticas públicas de ações afirmativas para a educação superior: o Conselho Universitário como arena de disputas. Ensaio: Avaliação de Políticas Educacionais, Rio de Janeiro, v. 23, n. 86, p. 95-128, 2015.
BATISTA, N. C. Cotas para o acesso de egressos de escolas públicas na Educação Superior. Pro-Posições, Campinas, v. 29, n. 3, p. 41-65, 2018.
BALL, S. Education reform: a critical and post-structural approach. Buckingham: Open University Press, 1994.
BALL, S.; MAGUIRE, M.; BRAUN, A. Como as escolas fazem as políticas: atuação em escolas secundárias. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2016.
BOWE, R.; BALL, S.; GOLD, A. Reforming education & changing schools: case studies in policy sociology. London: Routledge, 1992.
BOURDIEU, P. A economia das trocas linguísticas. São Paulo: Edusp, 1996.
BOURDIEU, P. A distinção: crítica social do julgamento. Porto Alegre: Zouk, 2013.
BRASIL. Lei n. 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2012.
CARVALHO, J. J. Ações afirmativas para negros na pós-graduação, nas bolsas de pesquisa e nos concursos para professores universitários como resposta ao racismo acadêmico. In: SILVA, P. B. G.; SILVÉRIO, B. R. Educação e ações afirmativas: entre a injustiça simbólica e a injustiça econômica. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2003. p. 161-192.
DOMINGUES, P. Movimento negro brasileiro: alguns apontamentos históricos. Tempo, Niterói, v. 12, n. 23, p. 100-122, 2007.
DURKHEIM, E. Educação e sociologia. Petrópolis: Vozes, 2014.
ESTÊVÃO, C. Justiça e educação. São Paulo: Cortez, 2001.
FRASER, N. La justicia social en la era de la política de la identidad: redistribución, reconocimiento y participación. In: FRASER, N.; HONNETH, A. ¿Redistribución o reconocimiento? Un debate político-filosófico. Madri: Morata, 2006. p. 17-88.
FRASER, N. Escalas de justicia. Barcelona: Herder, 2008.
FREYRE, G. Casa grande e senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global, 2006.
GENTILI, P. O direito à educação e as dinâmicas de exclusão na América Latina. Educação & Sociedade, Campinas, v. 30, n. 109, p. 1059-1079, 2009.
GOMES, N. Movimento negro e educação: ressignificando e politizando a raça. Educação & Sociedade, Campinas, v. 33, n. 120, p. 727-744, 2012.
GOMES, N.; RODRIGUES, T. C. Resistência democrática: a questão racial e a Constituição Federal de 1988. Educação & Sociedade, Campinas, v. 39, n. 145, p. 928-945, 2018.
GONÇALVES, L. A. O.; SILVA, P. B. G. Movimento negro e educação. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 15, p. 134-158, 2000.
GONZALES, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais, São Paulo, p. 223-244, 1984.
GUIMARÃES, A. S. A. Preconceito de cor e racismo no Brasil. Revista de Antropologia, São Paulo, n. 1, p. 9-43, 2004.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Brasília, DF: IBGE, 2019.
LÓPEZ, L. C. O conceito de racismo institucional: aplicações no campo da saúde. Interface: Comunicação, Saúde e Educação, Botucatu, v. 16, n. 40, p. 121-134, jan./mar. 2012.
MAINARDES, J. A abordagem do ciclo de políticas: explorando alguns desafios da sua utilização no campo da política educacional. Jornal de Políticas Educacionais, Curitiba, v. 12, n. 16, p. 1-19, 2018.
NEVES, P. S. C. Reconhecimento ou redistribuição: o que o debate entre Honneth e Fraser diz das lutas sociais e vice--versa. Política & Sociedade, Florianópolis, v. 17, n. 40, p. 234-257, 2018.
NOGUEIRA, O. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações raciais no Brasil. Tempo Social, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 287-308, 2006.
NUNES, G. H. L. Autodeclarações e comissões: responsabilidade procedimental dos/das gestores/as de ações afirmativas. In: DIAS, G. R. M.; TAVARES JUNIOR, P. R. F. Heteroidentificação e cotas raciais: dúvidas, metodologias e procedimentos. Canoas: IFRS, 2018.
QUIJANO, A. Cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-estrutural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires: CLACSO, 2014.
SANTOS, B. S. Para uma revolução democrática da justiça. São Paulo: Cortez, 2011.
SOUZA, J. A construção social da subcidadania: para uma sociologia política da modernidade periférica. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2012.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS. Decisão n. 134, de 29 de junho de 2007 (Consun). Institui o Programa de Ações Afirmativas, através de ingresso por reserva de vagas para acesso a todos os cursos de graduação e cursos técnicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS. Decisão n. 268, de 3 de agosto de 2012 (Consun). Altera a Decisão n. 134/2012. Porto Alegre, 2012.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS. Relatório Anual do Programa de Ações Afirmativas – 2013/2014. Coordenadoria de Acompanhamento da Política de Ações Afirmativas (CAF). Porto Alegre, 2015.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS. Decisão n. 312, de 30 de setembro de 2016 (Consun). Altera a Decisão n. 268/2012. Porto Alegre, 2016a.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS. Portaria n. 9.991, de 16 de dezembro de 2016. Designa a Comissão de Estudos da Verificação de Autodeclarações de Candidatos Pretos, Pardos e Indígenas aos processos seletivos para ingresso de graduação da UFRGS por meio do Programa de Ações Afirmativas. Porto Alegre, 2016b.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS. Portaria n. 10.129/201. Cria a Comissão Especial de Verificação da Autodeclaração Racial para realizar a heteroidentificação de estudantes denunciados por fraude no sistema de ingresso por reserva de vaga. Porto Alegre, 2017.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS. Portaria n. 799, de 29 de janeiro de 2018. Cria Comissão Permanente de Verificação de Autodeclaração Racial para candidatos de processos seletivos para graduação. Porto Alegre, 2018a.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS. Portaria n. 937, de 31 de janeiro de 2018. Orienta sobre a interposição de recursos contra o resultado de verificação fenotípica quando do ingresso em curso de graduação desta Universidade. Porto Alegre, 2018b.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS. Relatório de Acompanhamento Interno – 2018. Coordenadoria de Acompanhamento da Política de Ações Afirmativas (CAF). Porto Alegre, 2018c.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2020 Cadernos de Pesquisa
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
a. Los autores mantienen los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo licenciado, simultáneamente, bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
b. Los autores tienen autorización para asumir, separadamente, contratos adicionales, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (ej.: publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
c. Los autores tienen autorización y son estimulados para publicar y distribuir sus trabajos on-line (ej.: en repositorios institucionales o en su respectiva página personal en la Internet) en cualquier fecha antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar modificaciones productivas, así como aumentar el impacto y las citas del trabajo publicado (Véase: El Efecto del Acceso Libre).