Alocação do tempo para estudo e desempenho no vestibular: evidências a partir da Universidade Federal da Bahia

Autores

  • Cláudio Pondé Avena

DOI:

https://doi.org/10.18222/eae153020042154

Palavras-chave:

Vestibular, Tempo Para Estudo, Produção Educacional, Oportunidades Educacionais, Desigualdade De Renda, Estrutura De Classes Sociais

Resumo

Este artigo desenvolve um modelo teórico acerca do comportamento do vestibulando e um modelo empírico de função de produção educacional. A hipótese básica do artigo, e que se confirma empiricamente, é a de que o indivíduo realiza uma auto-seleção ao escolher o curso para o qual se candidata. Os indivíduos pobres, ou seja, aqueles que têm escassez de tempo para estudar porque trabalham, selecionam os cursos menos concorridos de modo a aumentar as suas chances de ingressar no ensino superior. Uma vez que a concorrência é maior quanto maior for a renda vitalícia promovida pela profissão escolhida, o indivíduo mais pobre perpetua a sua condição de pobreza ao tender a escolher o curso menos concorrido. Isto demonstra a discriminação do vestibular contra os pobres, configurando-se em um mecanismo de seleção bastante injusto socialmente e que promove ainda mais a desigualdade social já tão grande no País.

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Biografia do Autor

Cláudio Pondé Avena

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Publicado

30-12-2004

Como Citar

Avena, C. P. (2004). Alocação do tempo para estudo e desempenho no vestibular: evidências a partir da Universidade Federal da Bahia. Estudos Em Avaliação Educacional, 15(30), 131–162. https://doi.org/10.18222/eae153020042154

Edição

Seção

Artigos