Bleu ou rose? Ségrégation de genre dans l’enseignement supérieur au Brésil, 2002-2016
Mots-clés :
Relations de Genre , Enseignement Universitaire , Stratification SocialeRésumé
L’article examine comment les étudiants hommes et femmes sont répartis entre les différentes filières de l’enseignement supérieur brésilien en 2002 et 2016. Les microdonnées utilisées proviennent de la Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios [Enquête Nationale auprès des Ménages] de 2014 et du Censo do Ensino Superior [Recensement de l’Enseignement Supérieur] pour 2002 et 2016. Les résultats indiquent que les femmes sont disproportionnellement représentées parmi ceux qui achèvent leurs études supérieures, leur nombre ayant augmenté au cours de la dernière génération étudiée. Toutefois, il existe des différences significatives montrant que les femmes sont surreprésentées dans les filières les moins rentables sur le marché du travail. Le modèle de ségrégation entre les sexes concernant les choix éducatifs semble être stable dans le temps. Ceci n’est cependant pas dû au comportement statique de la ségrégation de genre dans les filières, mais à un phénomène de compensation entre les cours qui réduisent et augmentent la ségrégation.
Téléchargements
Références
Alves, J. E. D. (2003). Mulheres em movimento: Voto, educação e trabalho. REM.
Artes, A. C. A., & Carvalho, M. P. de. (2010). O trabalho como fator determinante da defasagem escolar dos meninos no Brasil: Mito ou realidade? Cadernos Pagu, 34, 41-74. https://doi.org/10.1590/S0104-83332010000100004
Barone, C. (2011). Some things never change: Gender segregation in higher education across eight nations and three decades. Sociology of Education, 84(2), 157-176. https://doi.org/10.1177/0038040711402099
Barone, C., & Assirelli, G. (2020). Gender segregation in higher education: An empirical test of seven explanations. Higher Education, 79(1), 55-78. https://doi.org/10.1007/s10734-019-00396-2
Beltrão, K. I., & Alves, J. E. D. (2009). A reversão do hiato de gênero na educação brasileira no século XX. Cadernos de Pesquisa, 39(136), 125-156. https://doi.org/10.1590/S0100-15742009000100007
Bobbitt-Zeher, D. (2007). The gender income gap and the role of education. Sociology of Education, 80(1), 1-22. https://doi.org/10.1177/003804070708000101
Brito, R. dos S. (2006). Intrincada trama de masculinidades e feminilidades: Fracasso escolar e meninos. Cadernos de Pesquisa, 36(127), 129-149. https://doi.org/10.1590/S0100-15742006000100006
Buchmann, C., DiPrete, T. A., & McDaniel, A. (2008). Gender inequalities in education. Annual Review of Sociology, 34(1), 319-337. https://doi.org/10.1146/annurev.soc.34.040507.134719
Carvalho, M. P. D. (2001). Mau aluno, boa aluna? Como as professoras avaliam meninos e meninas. Revista Estudos Feministas, 9(2), 554-574. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2001000200013
Carvalhaes, F., & Ribeiro, C. A. C. (2019). Estratificação horizontal da educação superior no Brasil: Desigualdades de classe, gênero e raça em um contexto de expansão educacional. Tempo Social, 31(1), 195-233. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2019.135035
Cech, E. A. (2013). The self-expressive edge of occupational sex segregation. American Journal of Sociology, 119(3), 747-789. https://doi.org/10.1086/673969
Charles, M., & Bradley, K. (2002). Equal but separate? A cross-national study of sex segregation in higher education. American Sociological Review, 67(4), 573-599. https://doi.org/10.2307/3088946
Charles, M., & Bradley, K. (2009). Indulging our gendered selves? Sex segregation by field of study in 44 countries. American Journal of Sociology, 114(4), 924-976. https://doi.org/10.1086/595942
Charles, M., & Grusky, D. B. (1995). Models for describing the underlying structure of sex segregation. American Journal of Sociology, 100(4), 931-971.
Charles, M., & Grusky, D. B. (2004). Occupational ghettos: The worldwide segregation of women and men. Stanford University Press.
DiPrete, T. A., & Buchmann, C. (2013). The rise of women: The growing gender gap in education and what it means for American schools. Russell Sage Foundation.
England, P. (2005). Emerging theories of care work. Annual Review of Sociology, 31(1), 381-399. https://doi.org/10.1146/annurev.soc.31.041304.122317
England, P. (2010). The gender revolution: Uneven and stalled. Gender and Society, 24(2), 149-166. https://doi.org/10.1177/0891243210361475
England, P., & Li, S. (2006). Desegregation stalled: The changing gender composition of college majors, 1971-2002. Gender & Society, 20(5), 657-677. https://doi.org/10.1177/0891243206290753
Galvão, J. de C. (2015). O impacto da segregação de gênero nos cursos de graduação sobre o diferencial salarial entre homens e mulheres no Brasil [Dissertação de mestrado não publicada]. Universidade de Brasília.
Hirata, H. (2010). Teoria e práticas do care: Estado sucinto da arte, dados de pesquisa e pontos em debate. In N. Faria, & R. Moreno (Orgs.), Cuidado, trabalho e autonomia. SOF.
Hirata, H., & Guimarães, N. (2012). Cuidado e cuidadoras − As várias faces do trabalho do care. Editora Atlas S.A.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2003). Sinopse estatística da educação superior 2002.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2017a). Sinopse estatística da educação superior 2016.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2017b). Instruções para utilização dos microdados do Censo da Educação Superior.
Itaboraí, N. R. (2016). Trabalho feminino e mudanças nas famílias no Brasil (1976-2012): Uma perspectiva de classe e gênero. Revista Gênero, 16(2). https://doi.org/10.22409/rg.v16i2.31241
Leon, F. L. L. de., & Menezes-Filho, N. A. (2002). Reprovação, avanço e evasão escolar no Brasil. Pesquisa e Planejamento Econômico, 32(3), 417-451.
Madalozzo, R., & Artes, R. (2017). Escolhas profissionais e impactos no diferencial salarial entre homens e mulheres. Cadernos de Pesquisa, 47(163), 202-221. https://doi.org/10.1590/198053143666
Mann, A., & DiPrete, T. A. (2013). Trends in gender segregation in the choice of science and engineering majors. Social Science Research, 42(6), 1519-1541. https://doi.org/10.1016/j.ssresearch.2013.07.002
Ochsenfeld, F. (2016). Preferences, constraints, and the process of sex segregation in college majors: A choice analysis. Social Science Research, 56, 117-132. https://doi.org/10.1016/j.ssresearch.2015.12.008
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. (1997). International Standard Classification of Education: ISCED 1997. Unesco Institute for Statistics.
Pereira, F., & Carvalho, M. (2009). Meninos e meninas num projeto de recuperação paralela. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 90(226), 673-694. https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.90i226.480
Ribeiro, C. A. C. (2007). Estrutura de classe e mobilidade social no Brasil. Edusc.
Ribeiro, C. A. C., & Schlegel, R. (2015). Estratificação horizontal da educação superior no Brasil (1960 a 2010). In M. Arretche (Org.), Trajetórias das desigualdades. Como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos (p. 133-162). Editora Unesp.
Ricoldi, A., & Artes, A. (2016). Mulheres no ensino superior brasileiro: Espaço garantido e novos desafios. Ex aequo − Revista da Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres, 33. https://doi.org/10.22355/exaequo.2016.33.10
Rosemberg, F. (2001). Educação formal, mulher e gênero no Brasil contemporâneo. Revista Estudos Feministas, 9, 515-540. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2001000200011
Schofer, E., & Meyer, J. W. (2005). The worldwide expansion of higher education in the twentieth century. American Sociological Review, 70(6), 898-920. https://doi.org/10.1177/000312240507000602
Senkevics, A. S., & Carvalho, M. P. de. (2015). Casa, rua, escola: Gênero e escolarização em setores populares urbanos. Cadernos de Pesquisa, 45(158), 944-968. https://doi.org/10.1590/198053143364
Sousa, A. P. de. (2017). Desigualdades nas trajetórias entre meninos e meninas nos anos finais do ensino fundamental da Ride-DF: Uma análise dos dados do censo escolar 2012-2016 [Dissertação de mestrado não publicada]. Universidade de Brasília.
Thébaud, S., & Charles, M. (2018). Segregation, stereotypes, and STEM. Social Sciences, 7(7), 111. https://doi.org/10.3390/socsci7070111
Toledo, C. T., & Carvalho, M. P. de. (2018). Masculinidades e desempenho escolar: A construção de hierarquias entre pares. Cadernos de Pesquisa, 48(169), 1002-1023. https://doi.org/10.1590/198053145496
Weeden, K. A., Gelbgiser, D., & Morgan, S. L. (2020). Pipeline dreams: Occupational plans and gender differences in STEM major persistence and completion. Sociology of Education, 93(4), 297-314. https://doi.org/10.1177/0038040720928484
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Cadernos de Pesquisa 2021
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).