Representações de formadores sobre a avaliação das aprendizagens em educação de adultos
Mots-clés :
Educação de Adultos, Avaliação da Aprendizagem, Representações, FormadoresRésumé
O artigo visa a apresentar uma análise sobre as representações de formadores do sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências – RVCC – acerca da avaliação das aprendizagens dos adultos que se encontram em formação. Para isso, foi realizada uma investigação qualitativa, concretizada pelo estudo documental e pela entrevista semiestruturada de quatro formadores desse sistema. Os resultados obtidos permitiram concluir que os formadores associaram uma maior objetividade à avaliação sumativa, apontando como foco de debilidade do sistema de RVCC a subjetividade na interpretação dos referenciais de competências-chave e a indução de competências por meio da análise de textos reflexivos de caráter autobiográfico, que devem fazer parte do portefólio reflexivo de aprendizagem. Eles defendem uma maior responsabilização do formador pelas validações efetuadas.
Téléchargements
Références
ALVES, Maria Palmira. Processos e métodos para a validação das aprendizagens adquiridas pela experiência. In: ALVES, Maria Palmira; MORGADO, José C. (Org.). Avaliação em educação: políticas, processos e práticas. Santo Tirso: De Facto, 2012. p. 215-235.
ALVES, Mariana Gaio. Aprendizagem ao longo da vida: entre a novidade e a reprodução de velhas desigualdades. Revista Portuguesa de Educação, Braga, v. 23, n. 1, p. 7-28, 2010.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1995.
BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari. A investigação qualitativa em educação. Porto: Porto, 1994.
BROWN, Sally; PICKFORD, Ruth. Evaluación de habilidades y competencias en educación superior. Madrid: Narcea, 2013.
CANÁRIO, Rui. Formação e adquiridos experienciais: entre a pessoa e o indivíduo. In: FIGARI, Gérard; RODRIGUES, Pedro; ALVES, Maria Palmira; VALOIS, Pierre (Org.). Avaliação de competências e aprendizagens experienciais: saberes, modelos e métodos. Lisboa: Educa, 2006. p. 35-46.
CAVACO, Carmen. Reconhecimento, validação e certificação de competências: complexidade e novas actividades profissionais. Sísifo: Revista de Ciências da Educação, Lisboa, n. 2, p. 21-34, 2007.
CAVACO, Carmen. Complexidade da avaliação de adquiridos experienciais. In: ALVES, Maria Palmira; MORGADO, José C. (Org.). Avaliação em educação: políticas, processos e práticas. Santo Tirso: De Facto, 2012. p. 185-213.
COMISSÃO EUROPEIA. Key competences for lifelong learning. A European reference framework. Bruxelas: Conselho da União Europeia, 2004.
COMISSÃO EUROPEIA. Proposta de recomendação do conselho sobre a validação da aprendizagem não formal e informal. Bruxelas: Conselho da União Europeia, 2012a.
COMISSÃO EUROPEIA. Resumo da avaliação de impacto que acompanha o documento “Proposta de recomendação do conselho sobre a validação da aprendizagem não formal e informal”. Bruxelas: Conselho da União Europeia, 2012b.
CORTESÃO, Luiza. Formas de ensinar, formas de avaliar: breve análise de práticas correntes de avaliação. In:
ABRANTES, P.; ARAÚJO, F. (Coord.). Reorganização curricular do ensino básico. Avaliação das aprendizagens: das concepções às práticas. Lisboa: Ministério da Educação, 2002. p. 37-42.
COSTA, Joana Pereira Fernandes. Competências adquiridas ao longo da vida: processos, trajectos e efeitos. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Minho, Braga, 2005.
FERNANDES, Domingos. Avaliação das aprendizagens: desafios às teorias, práticas e políticas. Lisboa: Texto, 2005.
FERNANDES, Domingos. Avaliação das aprendizagens em Portugal: investigação e teoria da actividade. Sísifo: Revista de Ciências da Educação, Lisboa, n. 9, p. 87-100, 2009.
FERREIRA, Carlos Alberto. A avaliação no quotidiano da sala de aula. Porto: Porto, 2007.
GOMES, Maria do Carmo. Referencial de competências-chave para a educação e formação de adultos – nível secundário. Lisboa: Direcção-Geral de Formação Vocacional, 2006a.
GOMES, Maria do Carmo. Referencial de competências-chave para a educação e formação de adultos – nível secundário: guia de operacionalização. Lisboa: Direcção-Geral de Formação Vocacional, 2006b.
GOMES, Maria do Carmo; SIMÕES, Maria Francisca. A sessão de júri de certificação: momentos, actores, instrumentos – roteiro metodológico. Lisboa: Agência Nacional para a Qualificação, 2009.
PACHECO, José Augusto. Discursos e lugares das competências em contexto de educação e formação. Porto: Porto, 2011.
PERRENOUD, Philippe. L’évaluation des élèves. De la fabrication de l’excellence à la régulation des apprentissages. Entre deux logiques. Bruxelles: De Boeck Université, 1998.
PERRENOUD, Philippe. Porquê construir competências a partir da escola? Desenvolvimento da autonomia e luta contra as desigualdades. Porto: Asa, 2001.
PIERRO, Maria Clara. Educação de jovens e adultos na América Latina e Caribe: trajetória recente. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 38, n. 134, p. 367-391, maio/ago. 2008.
PIRES, Ana Luisa O. Reconhecimento e validação das aprendizagens experienciais. Uma problemática educativa. Sísifo: Revista de Ciências da Educação, Lisboa, n. 2, p. 5-20, 2007.
PORTUGAL. Ministérios da Educação e do Trabalho e da Solidariedade. Portaria n. 1082-A, de 5 de setembro de 2001. Cria uma rede nacional de centros de reconhecimento, validação e certificação de competências (centros RVCC). Lisboa, 2001.
PORTUGAL. Portaria nº 370, de 21 de maio de 2008. Regula a criação e o funcionamento dos Centros Novas Oportunidades. Lisboa, 2008.
SIMÃO, Ana Margarida Veiga. Reforçar o valor regulador, formativo e formador da avaliação das aprendizagens. Revista de Estudos Curriculares, Braga, v. 3, n. 2, p. 265-289, 2005.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).