Psicologia, produção subjetivante e modos políticos: pistas conceituais da teoria ator-rede

Auteurs-es

  • Arthur Arruda Leal Ferreira Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ –, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Mots-clés :

Subjetividade, Psicologia, Teoria Ator-Rede, História, Política

Résumé

Este trabalho é uma tentativa de compreensão dos processos de subjetivação (e seus efeitos políticos) envolvidos nos modos de conhecimento dos saberes psi. Para tal, será levantado um conjunto de definições quanto à subjetividade e a seus modos de produção. Em seguida, serão analisadas as contribuições sobre o tema por parte da Teoria Ator-Rede. Mais adiante, serão tomadas daí algumas diretizes para possíveis estudos sobre modos de subjetivação engendrados pelos saberes e práticas psi. De modo mais específico, serão trabalhadas as formas com que as pesquisas psi engendram mundos e sujeitos por meio de políticas ontológicas específicas, gerando formas extorsivas ou recalcitrantes de ariculação. É neste aspecto que será feita a discussão dos modos políticos destas formas de subjetivação.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Arthur Arruda Leal Ferreira, Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ –, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Professor Associado do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ –, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

 

 

Références

CANGUILHEM, Georges. O que é psicologia? Tempo Brasileiro, n. 30/31, p. 104-123, jan. 1973.

DESPRET, Vinciane. Ces émotions que nous fabriquent. Etnopsychologie de l’authenticité. Le Plessis-Robinson: Synthélabo, 1999.

DESPRET, Vinciane. Le cheval qui savait compter. Paris: Les Empecheurs de Penser en Ronde, 2004.

DESPRET, Vinciane. Dôssie Despret. Fractal: Revista de Psicologia, Niterói, UFF, v. 23, n. 1, p. 5-82, jan./abr. 2011. Os dispositivos experimentais.

DUBY, Georges. O historiador hoje. In: DUBY, Georges. História e nova História. Lisboa: Teorema, 1989.

DUMONT, Louis. O individualismo: uma perspectiva antropológica da ideologia moderna. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.

ELIAS, Norbert. O processo civilizatório. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990. v. I.

ELIAS, Norbert. Mudança na balança nós-eu. In: ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.

FERREIRA, Arthur. La experiencia de subjetividad como condición y efecto de los saberes y prácticas psicológicas: producción de subjetividad y psicología. Estudios de Psicología, v. 32, p. 359-374, 2011.

FERREIRA, Arthur. Jamás hemos sido ingenuos (o dócil sí, pero ingenuo jamás): un estudio sobre la constitución del sujeto ingenuo en los laboratorios psicológicos In: LOPEZ, D.; TIRADO, F. (Org.). Teoría del actor-red: más allá de los estudios de ciencia y tecnología. Barcelona: Amentia, 2012. p. 283-300.

FOUCAULT, Michel. O uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 1984.

FOUCAULT, Michel. Genealogia da ética. In: DREYFUSS, H.; RABINOW, H. (Org.). Michel Foucault: uma trajetória filosófica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: 34, 1994.

FOUCAULT, Michel. Des sujets recalcitrants. Recherche, p. 301, set. 1997a.

FOUCAULT, Michel. A ciência em ação. São Paulo: Unesp, 1997b.

FOUCAULT, Michel. Universalidade em pedaços. Folha de São Paulo, São Paulo, 13 set. 1998. Mais!, p. 3.

FOUCAULT, Michel. On recalling ANT. In: LAW, J.; HASSARD, J. (Org.). Actor Network theory and after. Oxford: Blackwell, 1999.

FOUCAULT, Michel. Reflexão sobre o culto moderno dos deuses fe(i)tiches. Bauru: Edusc, 2002.

FOUCAULT, Michel. How to talk about the body. Body & Society, v. 10, n. 2-3, p. 205-229, 2004.

FOUCAULT, Michel. Reensamblar lo social. Buenos Aires: Manantial, 2008.

LAW, John. After Method. New York: Routledge, 2004.

LE GOFF, Jacques. As mentalidades. In: LE GOFF, J.; NORA, P. (Org.). História: novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988.

LE GOFF, Jacques. A História Nova. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

MEYERSON, Ignace. Les fonctions psychologiques et les oeuvres. Paris: Vrin, 1948.

MILGRAM, Stanley. Obediencia a la autoridad. Barcelona: Hora, 1988.

MOL, Anemarie. The body multiple: ontology in medical practice. Durham: Duke University Press, 2002.

NATHAN, Thobie. Entrevista com Thobie Nathan. Cadernos de Subjetividade, n. 4, 1996.

PIATELLI-PALMARINI, Massimo. Teorias da linguagem, teorias da aprendizagem. São Paulo: Cultrix, 1985.

STENGERS, Isabelle. Quem tem medo da ciência? São Paulo: Siciliano, 1989.

VALINS, Stuart. Cognitive effects of false heart-rate feedback. Journal of Personality and Social Psychology, v. 4, n. 4, p. 400-408, 1966.

VERNANT, Jean-Pierre. Ébauches de la volonté dans la tragédie grecque. In: VERNANT, Jean-Pierre; VIDAL-NAQUET, Pierre (Ed.). Mythe et tragedie en Grèce ancienne. Paris: La Découverte, 1972.

VEYNE, Paul. Foucault revoluciona a história. In: LE GOFF, Jacques. Como se escreve a história? Brasília, DF: UnB, 1982.

Téléchargements

Publié-e

2015-06-30

Comment citer

Ferreira, A. A. L. (2015). Psicologia, produção subjetivante e modos políticos: pistas conceituais da teoria ator-rede. Cadernos De Pesquisa, 45(156), 300–313. Consulté à l’adresse https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/3202

Numéro

Rubrique

Tema em Destaque