A bipolaridade do trabalho feminino no Brasil contemporâneo

Autores

  • Cristina Bruschini Fundação Carlos Chagas
  • Maria Rosa Lombardi

Palavras-chave:

Relações de Gênero, Trabalho, Mulheres, Ocupações Profissionais

Resumo

O artigo analisa, com base em múltiplas fontes de dados secundários, a participação das mulheres no mercado de trabalho em dois pólos opostos de atividade. Do primeiro, que abriga as ocupações de má qualidade quanto aos níveis de rendimento, formalização das relações e proteção no trabalho, foi selecionado como objeto de estudo o emprego doméstico. Nos anos 90, esse segmento manteve algumas das marcas de precariedade que sempre o caracterizaram, como as longas jornadas de trabalho, os baixíssimos níveis de rendimento e de formalização, embora em relação a esses dois últimos aspectos haja alguns sinais promissores de mudanças. Do segundo pólo, composto por "boas" ocupações, caracterizadas por níveis mais elevados de formalização, de rendimentos e de proteção, selecionamos algumas carreiras universitárias, quais sejam, a engenharia, a arquitetura, a medicina e o direito. Os dados revelaram que as mulheres que ingressaram nessas profissões são mais jovens do que seus colegas. No mais, seu perfil de inserção ocupacional é muito assemelhado ao dos homens, exceção feita aos rendimentos. Seguindo um padrão de gênero encontrado no mercado de trabalho, os ganhos femininos são sempre inferiores aos masculinos.

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Biografia do Autor

Cristina Bruschini, Fundação Carlos Chagas

Maria Rosa Lombardi

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Publicado

31-07-2000

Como Citar

Bruschini, C., & Lombardi, M. R. (2000). A bipolaridade do trabalho feminino no Brasil contemporâneo. Cadernos De Pesquisa, (110), 67–104. Recuperado de https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/643

Edição

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