Órfãos tutelados nas malhas do judiciário (Bragança-SP, 1871-1900)

Autores

  • Ana Cristina do Canto Lopes Bastos Universidade Estadual de Campinas
  • Moysés Kuhlmann Jr. Fundação Carlos Chagas

Palavras-chave:

Crianças, Trabalho Infanto-Juvenil, Violência, Educação

Resumo

Este artigo analisa autos de tutoria e contrato de órfãos pobres e desvalidos, entre 1871 e 1900, do Poder Judiciário da Comarca de Bragança Paulista, e identifica situações que envolvem exploração do trabalho de menores de idade, violência e maus-tratos. São rastreadas as iniciativas educacionais para esse grupo de crianças e adolescentes, associadas às relações de trabalho que se estabeleceram entre elas e seus tutores. Com base nas práticas da administração da Justiça, uma vez que os órfãos ficavam sob sua jurisdição, verifica-se de que forma se processava o acesso à educação dos menores e os mecanismos de controle sobre a infância pobre no momento de conformação do trabalho assalariado no país. Notadamente, é nessa época que crianças e adolescentes pobres, desvalidos, passam a ser vistos mais pontualmente. Isso porque a crença no trabalho para as classes pobres, a fim de evitar a marginalidade, ia ao encontro do discurso da carência de mão de obra, relacionado às visões sobre o trabalho que estavam sendo construídas no momento da abolição/imigração.

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Publicado

30-04-2009

Como Citar

Bastos, A. C. do C. L., & Kuhlmann Jr., M. (2009). Órfãos tutelados nas malhas do judiciário (Bragança-SP, 1871-1900). Cadernos De Pesquisa, 39(136), 41–68. Recuperado de https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/274

Edição

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