Gênero, raça e avaliação escolar: um estudo com alfabetizadoras

Autores

  • Marília Pinto de Carvalho Universidade de São Paulo - USP

Palavras-chave:

Avaliação de Aprendizagem, Gênero, Raça, Ensino Fundamental

Resumo

Este estudo pretendeu avaliar se a definição de objetivos pedagógicos claros e a consequente adoção de critérios de avaliação de aprendizagem bem delimitados poderiam minimizar os desequilíbrios socioeconômicos, de sexo e de raça, evidenciados no interior do grupo de alunos indicados para atividades de reforço por nove professoras alfabetizadoras de diferentes escolas públicas na cidade de São Paulo. Foram realizadas observações em sala de aula, entrevistas com as educadoras e formulados questionários de caracterização socioeconômica dos alunos. Conclui-se que: a maior alteração relativa a alunos e alunas de baixa renda se refere ao papel atribuído pela professora à recuperação, que passa a ser considerada não como punição, mas como oportunidade de aprendizagem; a presença majoritária no reforço de crianças percebidas como pretas, pardas e indígenas diminui ligeiramente pela melhor definição de critérios de avaliação escolar; é nítido o equilíbrio na indicação de meninos e meninas ao reforço quando se avalia com precisão a aprendizagem e não o comportamento. São feitas também indicações para a formação inicial e continuada de educadores/as no que se refere a relações de gênero e de raça.

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Publicado

31-12-2009

Como Citar

Carvalho, M. P. de. (2009). Gênero, raça e avaliação escolar: um estudo com alfabetizadoras. Cadernos De Pesquisa, 39(138), 837–866. Recuperado de https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/215

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