Letramento científico: um estudo comparativo entre Brasil e Japão

Autores

Palavras-chave:

Letramento Científico , Ciências, Pisa

Resumo

Este estudo compara o letramento científico de estudantes brasileiros e japoneses com base em resultados do Pisa, visando a contribuir com evidências para a discussão das desigualdades educacionais. Analisa dados empíricos obtidos por meio de observação de aulas de Ciências em escolas do Brasil e do Japão, de questionário aplicado aos professores observados e de entrevistas com especialistas da área de ciências e com responsáveis pelo Pisa nos dois países considerados neste estudo. A análise mostra que as diferenças de desempenho dos estudantes brasileiros e japoneses estão associadas à forma como o sistema educacional de cada país aborda o currículo e a formação continuada de professores, e, ainda, ao uso diferenciado que fazem dos resultados do Pisa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andriele Ferreira Muri Leite, Universidade Federal de Rondônia (Unir), Rolim de Moura (RO), Brasil

Professora Doutora do Departamento de Educação do Campo da Universidade Federal de Rondônia (Unir). andrielemuri@unir.br

Alicia Maria Catalano de Bonamino, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Professora Doutora do Departamento de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). alicia@puc-rio.br.

Referências

Abadzi, H. (2009). Instructional time loss in developing countries: Concepts, measurement, and implications. The World Bank Research Observer, 24(2), 267-290.

Alves, F., Ortigão, M. I. R., & Franco, C. (2007). Origem social e risco de repetência: Interação entre raça- -capital econômico. Cadernos de Pesquisa, 37(130), 161-180.

Brandão, Z., Baeta, A. M. B., & Rocha, A. D. (1983). Evasão e repetência no Brasil: A escola em questão. Achiamé.

Bruns, B., & Javier, L. (2014). Great teachers: How to raise teacher quality and student learning in Latin America and the Caribbean (Overview Booklet). World Bank Group.

Bybee, R. W. (1993). Reforming science education: Social perspectives and personal reflections. Teachers College Press.

Bybee, R. W. (1997a). Toward an understanding of scientific literacy. In W. Graber, & C. Bolte, Scientific literacy (pp. 37-68). Institute for Science Education.

Bybee, R. W. (1997b). Achieving scientific literacy: From purposes to practices. Heinemann.

Carroll, J. A. (1963). Model of school learning. Teachers College Record, 64, 723-733.

Collins, A., Brown, J. S., & Newman, S. E. (1989). Cognitive apprenticeship: Teaching the craft of reading, writing, and mathematics. In L. B. Resnick (Ed.), Knowing, learning and instruction. Essays in honor of Robert Glaser (pp. 453-494). Erlbaum.

Correa, E. V., Bonamino, A., & Soares, T. M. (2014). Evidências do efeito da repetência nos primeiros anos escolares. Estudos em Avaliação Educacional, 25(59), 242-269.

Crahay, M. (2002). Poderá a escola ser justa e eficaz? Da igualdade das oportunidades à igualdade dos conhecimentos. Instituto Piaget.

Deboer, G. E. (2000). Scientific literacy: Another look at its historical and contemporary meanings and its relationship to science education reform. Journal of Research in Science Teaching, 37(6), 582-601.

Fensham, P. J. (2000). Time to change drivers for scientific literacy. Canadian Journal of Science, Mathematics, and Technology Education, 2, 9-24.

Fielding, N., & Schreier, M. (2001). Introduction: On the Compatibility between qualitative and quantitative research methods. Forum Qualitative Sozialforschung/Forum: Qualitative Social Research, 2(1), 1-21.

Flick, U. (2005a). Triangulation in qualitative research. In U. Flick, E. Kardorff, & A. Steinke (Eds.), Companion to qualitative research (pp. 178-183). Sage.

Flick, U. (2005b). Qualitative research in sociology in Germany and the US: State of the art, differences and developments. Forum Qualitative Sozialforschung/Forum: Qualitative Social Research, 6(3), 1-21.

Forquin, J. C. (1992). Saberes escolares, imperativos didáticos e dinâmicas sociais. Teoria & Educação, 5(1), 28-49.

Freitas, M. A. T. (1947). A escolaridade média no ensino primário brasileiro. Revista Brasileira de Estatística, 8(30-31), 295-474.

Guimarães, S. E. R. (2003). Avaliação do estilo motivacional do professor: Adaptação e validação de um instrumento [Tese de doutorado]. Universidade Estadual de Campinas.

Hanushek, E. (2002). Teacher quality. In I. Lance, & E. Williams (Eds.), Teacher quality. Hoover Press.

Hanushek, E., & Woessmann, L. (2010). Education and economic growth. In D. Brewer, & P. McEwan (Eds.), Economics of education (pp. 60-67). Elsevier.

Harlen, W. (1999). Effective teaching of science. The Scottish Council for Research in Education (SCRE).

Hattie, J. (2003). Teachers make a difference: What is the research evidence? https://research.acer.edu.au/ research_conference_2003/4/

Hattie, J. (2009). Visible learning: A synthesis of over 800 meta-analyses relating to achievement. Routledge.

Hattie, J. (2012). Visible learning for teachers: Maximizing impact on learning. Routledge.

Hofstein, A., & Lunetta, V. N. (2004). The laboratory in science education: Foundations for the twenty-first century. Science Education, 88(1), 28-54.

Kobarg, M., Prenzel, M., Seidel, T., Walker, M., McCrae, B., Cresswell, J., & Wittwer, J. (2011). An international comparison of science teaching and learning: Further results from PISA 2006. Waxmann.

Law, N. (2002). Scientific literacy: Charting the terrains of a multifaceted enterprise. Canadian Journal of Science, Mathematics, and Technology Education, 2, 151-176.

Maienschein, J. (1998). Scientific literacy. Science, 281, 917.

Mayer, V. J. (Ed.). (2002). Global science literacy. Kluwer Academic Publishers.

Mayer, V. J., & Kumano, Y. (2002). The Philosophy of Science and global Science literacy. In V. J. Mayer (Ed.), Global science literacy. Kluwer Academic Publishers.

Millar, R., Lubben, F., Gott, R., & Duggan, S. (1995). Investigating in the school science laboratory: Conceptual and procedural knowledge and their influence on performance. Research Papers in Education, 9(2), 207-248.

Muri, A. F. (2017). Letramento científico no Brasil e no Japão a partir dos resultados do PISA [Tese de doutorado]. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Muri, A. F., Bonamino, A., & Soares, T. M. (2017). Funcionamento diferencial dos itens de ciências do PISA: Brasil e Japão. Estudos em Avaliação Educacional, 28(68), 538-570.

Muri Leite, A. F. M., & Bonamino, A. (2020). Defasagem idade-série e letramento científico no Pisa. Estudos em Avaliação Educacional, 31(77), 393-420.

Organisation for Economic Co-operation and Development – OECD. (1999). Measuring student knowledge and skills: A new framework for assessment. OECD Publishing.

Organisation for Economic Co-operation and Development – OECD. (2003). The PISA 2003 assessment framework: Mathematics, reading, science and problem solving knowledge and skills. OECD Publishing.

Organisation for Economic Co-operation and Development – OECD. (2006). The PISA 2006 assessment framework for science, reading and mathematics. OECD Publishing.

Organisation for Economic Co-operation and Development – OECD. (2007). Competências em ciências para o mundo de amanhã: Análise (Volume 1). OECD Publishing.

Organisation for Economic Co-operation and Development – OECD. (2010). Strong performers and successful reformers in education: Lessons from PISA for the United States. OECD Publishing.

Organisation for Economic Co-operation and Development – OECD. (2013). PISA 2015 draft science framework. OECD Publishing.

Organisation for Economic Co-operation and Development – OECD. (2016). PISA 2015 assessment and analytical framework. OECD Publishing.

Ribeiro, S. A. C. (1991). Pedagogia da repetência. Estudos Avançados, 5(12), 7-21.

Roberts, D. A. (1983). Scientific literacy: Towards a balance for setting goals for school science programs. Minister of Supply and Services.

Roberts, D. A. (2007). Scientific literacy/science literacy. In S. Abell, & N. Lederman, Handbook of research on science education. Lawrence Erlbaum Associates.

Roberts, D. A., & Bybee, R. W. (2014). Scientific literacy, science literacy and science education. In N. Lederman, & S. Abell (Eds.), Handbook of research on science education (Volume II). Routledge.

Schibeci, R. A. (1984). Attitudes to science: An update. Studies in Science Education, 11(1), 26-59.

Seidel, T. (2003). Lehr-Lernskripts im Unterricht. Waxmann.

Soares, T. M. (2005). Utilização da Teoria de Resposta ao Item na produção de indicadores socioeconômicos. Pesquisa Operacional, 25(1), 83-112.

Tashakkori, A., & Teddlie, C. (1998). Mixed methodology: Combining qualitative and quantitative approaches. Social Research Methods Series, 46.

Taylor, J., Roehrig, A., Hensler, B., Connor, C., & Schatschneider, C. (2010). Teacher quality moderated the genetic effects on early reading. Science, 328(5977), 512-514.

Tesch, M. (2004). Experimentieren im Physikunterricht – Ergebnisse einer Vide ostudie. Zeitschrift für Didaktik der Naturwissenschaften, 10, 51-69.

United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization – Unesco. (1993). International Forum on Scientific and Technological Literacy for All (Final Report). Unesco.

Widodo, A. (2004). Constructivist oriented lessons. Peter Lang.

Publicado

10-11-2021

Como Citar

Leite, A. F. M., & Bonamino, A. M. C. de. (2021). Letramento científico: um estudo comparativo entre Brasil e Japão. Cadernos De Pesquisa, 51, e07760. Recuperado de https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/7760

Edição

Seção

Educação Básica, Cultura, Currículo