Professores, desencanto com a profissão e abandono do magistério

Autores

  • Flavinês Rebolo Lapo Universidade de Sorocaba
  • Belmira Oliveira Bueno Faculdade de Educação da USP

Palavras-chave:

Professores, Experiência Profissional, Carreira Escolar, História de Vida

Resumo

Ao examinar a questão do abandono do magistério público na rede de ensino do Estado de São Paulo, este artigo teve como principal objetivo compreender de que modo esse processo é tecido ao longo da vida e da experiência profissional dos professores. O estudo focalizou o período de 1990-1995 e se baseou em dados quantitativos, obtidos na Secretaria Estadual de Educação, a partir dos quais verificou-se, no interregno, um aumento da ordem de 300% nos pedidos de exoneração do magistério, e em dados qualitativos, obtidos de um questionário, enviado a 158 ex-professores da rede pública, e de 16 entrevistas sobre histórias de vida profissional. As análises evidenciam que, além dos baixos salários, as precárias situações, a insatisfação no trabalho e o desprestígio profissional estão entre os fatores que mais contribuem para que os professores deixem a profissão docente. Mostram também que esse processo acontece lentamente, por meio de uma série de mecanismos pessoais e institucionais de que os docentes fazem uso, até que ocorra o abandono definitivo.

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Biografia do Autor

Flavinês Rebolo Lapo, Universidade de Sorocaba

Belmira Oliveira Bueno, Faculdade de Educação da USP

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Publicado

31-03-2003

Como Citar

Lapo, F. R., & Bueno, B. O. (2003). Professores, desencanto com a profissão e abandono do magistério. Cadernos De Pesquisa, (118), 65–88. Recuperado de https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/529

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