Reflexões sobre as políticas de ciclos no Brasil

Autores

  • Elba Siqueira de Sá Baretto Fundação Carlos Chagas
  • Sandra Zákia Sousa Faculdade de Educação da USP

Palavras-chave:

Ciclos, Reforma do Ensino, Qualidade do Ensino, Políticas Educacionais

Resumo

Dentre as reformas educacionais implementadas em nome da qualidade da educação nos anos recentes no Brasil, as que introduzem os ciclos, possivelmente, representam as que têm maior potencial de concretizar o propósito de democratização do ensino. Ao colocar em questão e em tensão o projeto educacional e social no qual se assenta, de modo dominante, a escola obrigatória, os ciclos provocam um confronto com valores dominantes, entre estes, o de aceitação das desigualdades como decorrentes de diferenças individuais. Como medidas de não-repetência, eles rompem com a fragmentação decorrente da seriação e remetem a mudanças na concepção do tempo, do espaço e da própria cultura escolar, visando a garantir que o grande contingente de alunos, até recentemente excluído da escola básica, possa aí permanecer e adquirir conhecimentos socialmente relevantes. O artigo propõe-se a situar as políticas de introdução de ciclos no contexto da educação brasileira, destacando diferentes significados a eles atribuídos pelas múltiplas experiências de redes públicas de ensino, discutindo questões postas pela sua implementação e fazendo considerações sobre seus resultados e impactos. Baseia-se em revisão de estudos produzidos sobre o tema, de 1990 aos dias atuais.

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Publicado

30-12-2005

Como Citar

Baretto, E. S. de S., & Sousa, S. Z. (2005). Reflexões sobre as políticas de ciclos no Brasil. Cadernos De Pesquisa, 35(126), 659–688. Recuperado de https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/452

Edição

Seção

Outros Temas