Infância e política

Autores

  • Jens Qvortrup Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia – Trondheim

Palavras-chave:

Crianças, Infância, Políticas Públicas

Resumo

As atitudes da nossa cultura em relação às crianças são ambíguas, o que se observa também na relação entre crianças e política. O modo protetor a que vêm sendo submetidas as crianças nos últimos dois séculos acaba por afastá-las dos adultos - e dos assuntos sérios da economia e da política. Como resolver esse dilema, que tem como consequência dificultar um discurso sobre crianças e política? Este artigo faz algumas reflexões sobre o tema e sugere que, em princípio, quando se trata de política, pode-se falar de: crianças como sujeitos; crianças/infância como objeto não visado (em termos do impacto de forças estruturais); crianças/infância como objetos visados (iniciativas políticas voltadas às crianças) e, finalmente, como objetos instrumentalizados. A grande questão que se coloca em cada caso é saber em que medida as crianças são beneficiadas e se isso não ocorre como um efeito colateral dos ganhos para os adultos/sociedade adulta. Será que haveria investimentos públicos em crianças nas dimensões que alcançam hoje se não houvesse expectativas de um retorno lucrativo?

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jens Qvortrup, Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia – Trondheim

Downloads

Publicado

31-12-2010

Como Citar

Qvortrup, J. (2010). Infância e política. Cadernos De Pesquisa, 40(141), 777–792. Recuperado de https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/147

Edição

Seção

Tema em Destaque