Reconsiderando a nova sociologia da infância

Autores

  • Alan Prout Universidade de Warwick – Conventry, Reino Unido

Palavras-chave:

Sociologia, Infância, Antropologia, Crianças

Resumo

Apesar do forte desenvolvimento e da alta produtividade nos últimos anos, a Sociologia da Infância parece estar sem rumo atualmente. Este artigo explora o problema, indicando possíveis causas e apontando algumas soluções. Argumenta-se que a construção de uma Sociologia da Infância implicou uma dupla tarefa: criar um espaço para a infância no discurso sociológico e enfrentar a crescente complexidade e ambiguidade da infância como um fenômeno contemporâneo e instável. Sustenta-se que, embora se tenha criado um espaço para a infância, isto se deu, em grande medida, nos termos de sociologia moderna, que se mostrava cada vez mais incapaz de lidar adequadamente com o mundo instável da modernidade tardia. Um aspecto importante desse problema revela-se pela reprodução, na Sociologia da Infância, das oposições dicotomizadas que caracterizaram a sociologia moderna. Três dessas oposições (ação e estrutura, natureza e cultura, ser e devir) são exploradas. Sugere-se que para libertar a Sociologia da Infância do controle desse pensamento moderno é preciso desenvolver uma estratégia para incluir o terceiro excluído. Entre outras coisas, isso pode exigir maior atenção à interdisciplinaridade, ao hibridismo do mundo social, às suas redes e mediações, à mobilidade e à relação entre gerações.

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Biografia do Autor

Alan Prout, Universidade de Warwick – Conventry, Reino Unido

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Publicado

31-12-2010

Como Citar

Prout, A. (2010). Reconsiderando a nova sociologia da infância. Cadernos De Pesquisa, 40(141), 729–750. Recuperado de https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/143

Edição

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